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Passagem do furacão Milton deixa dez mortos na Flórida; ruas ficaram alagadas

O furacão tinha ventos de até 205 km/h quando tocou o solo, segundo o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos.

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Imagem ilustrativa. (Foto: pixabay)

A passagem do furacão Milton, que atingiu o solo da Flórida (EUA) na noite de quarta-feira (9), deixou pelo menos dez mortos, segundo autoridades locais.

De acordo com a NBC News, a última contagem de mortes chegou a dez depois que o xerife do condado de Volusia, Michael J. Chitwood, confirmou que três pessoas morreram em sua jurisdição.

“Uma pessoa morreu depois que uma árvore caiu”, disse, acrescentando que, naquele momento, não sabia como as outras duas tinham morrido.

Antes mesmo de tocar o solo, a aproximação de Milton à Flórida havia causado estragos. Houve diversos relatos de tornados relacionados à tempestade, que destruíram casas e derrubaram árvores.

Um deles atravessou uma comunidade de aposentados em Fort Pierce, no condado de St. Lucie, na costa leste da Flórida e causou pelo menos duas das mortes registradas, de acordo com informações da polícia.

Ruas ficaram alagadas e mais de 3 milhões de imóveis estavam sem energia em todo o estado. O furacão perdeu força ao longo da madrugada enquanto avançava pelo continente. O olho do furacão já seguiu em direção ao Oceano Atlântico na manhã desta quinta, e a previsão é que ele enfraqueça ainda mais e vire uma tormenta tropical.

Quando tocou o solo, por volta das 21h30 de quarta-feira, Milton tinha ventos de até 205 km/h, segundo o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC, na sigla em inglês). Às 23h50, as rajadas estavam na casa de 165 km/h. Por volta das 2h, os ventos estavam em 145 km/h e o furacão havia sido rebaixado para a categoria 1.

Veja a seguir o que esperar para as próximas horas:

  • À medida que o furacão avançou pela Flórida, a tempestade foi perdendo força e segue em direção ao Oceano Atlântico.
  • O olho do furacão já deixou a Flórida, mas a expectativa é que Milton permaneça na região até sexta-feira (11), pelo menos.
  • As autoridades esperam que o furacão deixe um rastro de destruição, danificando casas e derrubando árvores.
  • Rodovias da Flórida também devem ser varridas ou sofrer bloqueios.
  • O governo pediu para que os moradores não deixem os abrigos até a tempestade parar.
  • Socorristas estão posicionados para resgatar as vítimas.
  • Autoridades federais dos EUA foram enviadas para Flórida para coordenar os serviços emergenciais.
  • Analistas de mercado preveem prejuízos que podem chegar a US$ 100 bilhões.

Corrida pela sobrevivência

O olho do furacão atingiu a Baía de Tampa, onde vivem mais de 3 milhões de pessoas. Desde o início da semana, milhares de moradores foram retirados de áreas vulneráveis e encaminhados para abrigos.

As retiradas em massa deixaram cidades-fantasmas na Flórida e provocaram congestionamentos. A corrida para deixar a região também fez com que gasolina faltasse em postos de combustíveis.

Os moradores também passaram a estocar água e comida, deixando prateleiras de supermercados vazias. Muitos brasileiros que vivem na região relataram dificuldades para conseguir se proteger.

O presidente Joe Biden destacou o “potencial de destruição” do furacão e afirmou que equipes federais foram enviadas à Flórida para coordenar os trabalhos de emergência. Já o governador Ron DeSantis pediu para que a população buscasse abrigo imediatamente e permaneça em locais seguros.

“As equipes de resgate estão prontas para atuar assim que as condições climáticas permitirem”, afirmou DeSantis.

Confira outros pontos da passagem do furacão:

  • Atualmente, a costa oeste da Flórida está em fase de recuperação por causa da passagem do furacão Helene, no fim de setembro. A tempestade provocou dezenas de mortes e deixou estragos.
  • Aeroportos em Tampa e Orlando interromperam voos. Grandes parques temáticos fecharam, como os da Disney e da Universal.
  • Cientistas estão surpresos com a temporada de furacões no Atlântico e a classificaram como “a mais estranha” já vista. Cinco fenômenos do tipo se formaram entre setembro e outubro.
  • O aquecimento dos oceanos, principalmente do Oceano Atlântico Norte, e a transição para o La Niña podem estar por trás da intensidade dos fenômenos.
  • No caso de Milton, o fenômeno passou de tempestade tropical a um furacão de categoria 5 em apenas 46 horas.
  • O aumento na intensidade é um dos mais rápidos já registrados.
  • No México, o furacão provocou estragos pequenos, sem deixar mortos ou feridos.

Por g1 Mundo

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