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Escola pública da Paraíba conquista ouro e prata na Jornada de Foguetes, no Rio de Janeiro

A escola Professor Rangel foi a primeira a conquistar as premiações em toda a Paraíba.

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Foto: divulgação/ SECOM-PB

Uma escola pública estadual da Paraíba conquistou medalhas de ouro e prata na edição de 2024 da ‘Jornada de Foguetes’ que ocorreu no Rio de Janeiro. A escola Professor Rangel, localizada em Ingá, no Agreste do estado, foi a primeira a conquistar as premiações em toda a Paraíba.

Como apurou o ClickPB, a competição ocorreu de nove a 12 de setembro e contou com a presença de equipes de todo o país. A escola paraibana participou com duas equipes do nível quatro, classificadas como do ensino médio.

A Equipe 10, intitulada de ‘Infinity Rocket 1’, conquistou a medalha de prata, enquanto a Equipe 11, ‘Infinity Rocket 2’, levou para casa o ouro. As equipes foram comandadas pelo professor de Matemática, Elbes Lima e pela coordenadora da escola, Renali Alves.

A competição faz parte da Mostra Brasileira de Foguetes (MOBFOG) e foi realizada em Barra do Piraí, no Rio de Janeiro. Mais de 30 escolas estaduais foram classificadas para as competições que ocorrem desde e agosto e se estendem até o mês de dezembro.

Segundo o professor Elbes Lima, o processo de preparação começou no ano passado, em um projeto interdisciplinar envolvendo as disciplinas de matemática, física e química. Os estudantes construíram espécies de ‘foguetes’ com garrafas ‘PET’ e peças impressas em uma impressora 3D.

Os foguetes são impulsionados com um tipo de combustível, sendo uma reação entre vinagre e bicarbonato de sódio. Após uma série de testes e treinos diários, os estudantes conseguiram um alcance de 297 metros no lançamento do foguete, colocando as equipes no topo da competição.

O estudante da 3ª série Bruno Luiz, de 17 anos, foi um dos alunos a receberem o ouro e afirmou estar feliz com a conquista. “Sempre fui apaixonado pelo céu e por aeronaves desde pequeno. Quando o professor nos informou que participaríamos da Olimpíada, fiquei muito animado, pois sabia que seria uma oportunidade de aprender bastante. E de fato, aprendi muito, aplicando física, matemática e química na prática. Confesso que ainda estou sem acreditar na premiação. Sei que essa conquista abrirá muitas portas para minha carreira profissional. Com essa experiência, eu percebi a importância das olimpíadas científicas e como elas podem inspirar outros jovens a alcançar seus objetivos por meio dos estudos”, explicou Bruno.

Outro aluno que participou da competição foi Franklin de Araújo, que junto à sua equipe garantiu medalha de prata. O estudante disse que o projeto o incentivou a seguir no ensino superior.

“Foi uma experiência incrível e cheia de aprendizados. Participo do projeto do Professor Elbes desde 2023, que começou com foguetes de montagem e lançamentos mais básicos. Este ano, tivemos a oportunidade de nos inscrevermos na MOBFOG, e foi quando comecei a me dedicar ainda mais, me esforçando bastante. Essa jornada não foi apenas um evento na minha vida; estou muito grato por ver que todo o esforço valeu a pena” explicou Franklin.

A gerente regional da 12ª Gerência Regional de Educação (GRE), Fabiana Figueiredo, ressaltou o significado histórico da conquista para a escola e para a região.

“Essa conquista superou todas as expectativas, pois nossas duas equipes trouxeram ouro e prata. Acreditamos que essa conquista não representa apenas um avanço significativo para a nossa escola, mas também tem o potencial de inspirar outros estudantes da nossa rede. Ainda na nossa região, a Escola Sítio João Úrsulo, de Pedras de Fogo, também participará da jornada, o que já nos causa muita expectativa” afirmou Fabiana.

Sobre a competição

A Jornada de Foguetes, promovida desde 2009 pela Olimpíada Brasileira de Astronomia (MOBFOG), continua a ser um evento crucial para estimular o interesse dos jovens em ciência e tecnologia. A MOBFOG é dividida em 5 níveis, variando de acordo com a escolaridade dos participantes.

Nos níveis 1 e 2, os alunos do 1º ao 5º ano lançam foguetes de canudo e papel, impulsionados por ar comprimido. No nível 3, estudantes do 6º ao 9º ano utilizam garrafas PET movidas por água e ar comprimido.

No nível 4, os alunos do ensino médio usam foguetes movidos por vinagre e bicarbonato de sódio, enquanto no nível 5, alunos do ensino médio ou superior lançam foguetes com propulsão sólida. Com 13 jornadas programadas para 2024, a competição serve como uma plataforma para o desenvolvimento de habilidades científicas e técnicas entre estudantes de todo o Brasil.

*Com informações da SECOM-PB

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