Oito pessoas morreram tentando cruzar o Canal da Mancha para a Inglaterra, neste domingo (15). Este último incidente segue as mortes de 12 pessoas no início deste mês quando um barco virou no Canal a caminho da Grã-Bretanha. O incidente destaca a pressão sobre os governos britânico e francês para encontrar maneiras de lidar com essas travessias de barco pelo Canal da Mancha.
Jacques Billant, o prefeito da região de Pas-de-Calais, disse que as equipes de resgate foram alertadas de que um barco com 59 pessoas a bordo estava com dificuldades nas águas da costa de Ambleteuse, na área de Pas-de-Calais. Billant disse ainda que as 51 pessoas resgatadas agora estão sob os cuidados das equipes de emergência.
Já são oito tentativas de cruzar o Canal da França e cerca de 200 migrantes foram resgatados. Os mortos eram compostos por pessoas vindas do da Eritreia (país que fica na região nordeste da África), Sudão, Síria, Egito, Irã e Afeganistão.
O Canal é uma das rotas de navegação mais movimentadas do mundo e as correntes são fortes — o que torna a travessia em pequenos barcos perigosa. O último incidente eleva para 46 o número de pessoas que morreram tentando cruzar o Canal da França desde o início do ano.
“Atraídas pelo lucro, as redes de contrabando estão colocando as pessoas em risco cada vez maior, a quem vendem travessias em um mar perigoso, em barcos totalmente inadequados. Está literalmente levando-as à morte, como foi o caso”, apontou Billant.
