Infância

Infecção urinária atinge até 8% das crianças e exige atenção especializada

Urologista pediátrica Ana Carolina Menezes alerta para a necessidade de diagnóstico precoce e tratamento adequado da infecção, especialmente em casos com malformações do trato urinário.

Infecção urinária atinge até 8% das crianças e exige atenção especializada

Infecção urinária atinge até 8% das crianças e exige atenção especializada

Infecção do trato urinário (ITU) é uma preocupação frequente na infância, afetando até 8% das crianças, como apontam levantamentos epidemiológicos internacionais. Diante disso, a médica urologista pediátrica, Ana Carolina Menezes, especialista do Espaço Zune, ressalta que essas infecções, embora sejam comuns, também podem ser indicativas de condições mais graves e não podem ser ignoradas.

“Na maioria das vezes, esses quadros ocorrem em crianças que possuem alguma malformação do trato urinário, embora possa acontecer esporadicamente na infância”, explica a médica.

Idade e diversidade de sintomas da Infecção 

De fato, um dos desafios no diagnóstico das ITUs em crianças é a diversidade de sintomas, que podem variar significativamente conforme a faixa etária. A urologista explica que em bebês e recém-nascidos, por exemplo, a recusa alimentarsonolência extrema e febre sem causa aparente são sinais de alerta.

Já em crianças maiores, ela pontua que a frequência urinária aumentadador ao urinar e dor abdominal ou lombar são mais comuns. “Nos bebezinhos recém-nascidos e nos lactentes é comum que tenhamos uma recusa da mamada, sonolência e/ou irritabilidade extremas, e às vezes a febre sem outra origem”, destaca a especialista, ressaltando a importância de buscar atendimento médico imediato em tais casos.

Importância do acompanhamento especializado

Embora o pediatra normalmente seja o primeiro a identificar os sinais de uma infecção do trato urinário, a médica Ana Carolina Menezes reforça que o acompanhamento por um nefrologista ou urologista pediátrico é essencial para uma investigação mais aprofundada.

“Diante da suspeita de infecção do trato urinário, é sempre importante a consulta com o médico especialista”. Ela esclarece que além do exame de urinaexames de imagem são frequentemente necessários para avaliar possíveis anomalias no trato urinário, garantindo um diagnóstico realmente preciso.

Prevenção e cuidados contínuos

A prevenção das ITUs envolve uma combinação de cuidados com a higiene e a ingestão adequada de líquidos, recomendações básicas que devem ser seguidas por todos os pais e cuidadores. Porém, a urologista pediátrica salienta que esses cuidados podem não ser suficientes para crianças com alterações no trato urinário.

Nesses casos, evitar quadros infecciosos pode exigir intervenções adicionais, como fisioterapias específicas e o uso de medicamentos. A especialista reforça que “as infecções em recém-nascidos são sempre consideradas graves e devem ser avaliadas de imediato”, uma vez que complicações podem exigir hospitalização. Também por isso, a investigação de possíveis alterações na formação do trato urinário é importante para que seja definida a abordagem correta.

Importância de um tratamento adequado e ágil

Isso porque o tratamento adequado das ITUs é crucial para evitar complicações, especialmente em crianças com resposta inadequada ao tratamento ambulatorial. Para isso, os pais precisam ter atenção especial a alguns sinais para buscar ajuda em tempo hábil e evitar o agravamento do quadro, podendo ser inclusive necessária a internação hospitalar. A urologista pediátrica alerta: “Crianças maiores, havendo má resposta ao tratamento ambulatorial ou febre com calafrios, dor lombar e queda do estado geral, também precisam ser avaliados mais rapidamente”, acrescenta.

Diante disso, a urologista pediátrica reforça que infecções urinárias em crianças são um problema que demanda atenção especial, principalmente pela possível relação com malformações. Ela acrescenta que o diagnóstico precoce e o tratamento adequado são fundamentais para evitar complicações graves e, por isso, é essencial que pais e responsáveis estejam atentos aos sinais e busquem acompanhamento especializado nos primeiros sinais de infecção.

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