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Governo Lula negocia novo tutor para embaixada argentina e não prevê medidas diplomáticas contra Maduro

O governo Lula é visto por Buenos Aires como um ator importante, uma vez que Maduro expulsou diplomatas argentinos do país, devido à posição do presidente Javier Milei de não aceitar o resultado da eleição venezuelana.

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Foto: Reprodução

O governo Lula tenta resolver, nos bastidores, o impasse em torno da retirada da custódia, pelo Brasil, da Embaixada da Argentina em Caracas. Em uma avaliação reservada, um importante interlocutor da área diplomática afirmou não restar outra coisa a fazer, a não ser negociar com Nicolás Maduro que outro país assuma a tutela do posto. Uma prioridade é impedir que o prédio seja invadido.

Participam das negociações os governos do Brasil, da Venezuela e da Argentina. O governo brasileiro é visto por Buenos Aires como um ator importante, uma vez que Maduro expulsou diplomatas argentinos do país, devido à posição do presidente Javier Milei de não aceitar o resultado da eleição venezuelana. Diante disso, Buenos Aires pediu que o Brasil cuidasse da embaixada em Caracas.

Segundo explicou esse interlocutor, a ideia é evitar movimentos que possam fechar de vez os canais de contato entre o regime venezuelano e o governo brasileiro. Estariam descartados, neste momento, convocar de volta ao Brasil a embaixadora brasileira em Caracas, Glivânia Oliveira, ou chamar para uma conversa no Itamaraty o chefe da representação da Venezuela em Brasília, Manuel Vadell.

O clima entre os diplomatas é de pessimismo. Alguns acreditam que não há perspectiva de resolução desse “enrosco”, como definiu um embaixador. A revogação unilateral da tutela da embaixada, sem avisar previamente o governo brasileiro, foi extremamente “deselegante”, afirmou.

No último sábado, o regime de Maduro revogou a autorização para que o local ficasse sob custódia do governo do Brasil no país. As autoridades venezuelanas alegaram que havia um suposto planejamento de atos terroristas por “fugitivos da Justiça venezuelana que nela estão abrigados” no local, ou seja, os seis colaboradores da principal líder da oposição, María Corina Machado, que estão asilados na embaixada desde março deste ano.

Em nota, o Itamaraty informou estar “surpreso” com a medida. Mesmo diante da determinação do governo venezuelano, o órgão informou que permanecerá exercendo esse papel até que a Argentina indique outro país para assumir a custódia

Com a fuga do candidato opositor a Maduro na eleição de 28 de julho, Edmundo González, para a Espanha, as forças policiais do governo da Venezuela cessaram no domingo, o cerco que mantinham no entorno da Embaixada da Argentina desde sexta-feira passada.

Com o apoio da Colômbia e do México, o Brasil tenta abrir um canal de diálogo, sem sucesso, entre Maduro e oposição, que brigam pela vitória na eleição de 28 de julho. Na semana passada, os três países tentavam combinar uma conversa telefônica com Maduro, mas não foi possível.

Por O Globo

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