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Adolescente de 14 anos que matou 4 em ataque a escola da Geórgia, nos EUA, será julgado como adulto

Há um ano, o adolescente chegou a ser ouvido pela polícia após fazer ameaças online sobre a possibilidade de realizar um tiroteio na escola.

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Foto: reprodução/ WXIA

O adolescente de 14 anos que deixou 4 mortos e 9 feridos durante um ataque a tiros em uma escola da Géorgia, nos Estados Unidos, nesta quarta-feira (4), será acusado e julgado como adulto, segundo Chris Hosey, diretor do Georgia Bureau of Investigation.

Detido pela polícia após o tiroteio, o jovem está sendo mantido, sem fiança, no Centro Regional de Detenção Juvenil de Gainesville, de acordo com o diretor de comunicações do Departamento de Justiça Juvenil da Geórgia, Glenn Allen.

A data para sua primeira audiência, em que ele pode falar sobre o crime, está definida para esta sexta (6), por videoconferência, com um juiz do Tribunal Superior do Condado de Barrow.

Agora, os investigadores tentam buscar respostas sobre a motivação dele para o crime e também como ele teve acesso à arma usada: um fuzil AR-15, um rifle semiautomático.

Há um ano, o atirador chegou a ser ouvido pela polícia após fazer ameaças online sobre a possibilidade de realizar um tiroteio na escola. Agentes foram à sua casa e também conversaram com seu pai, que disse que tinha armas de caça em casa, mas o filho não tinha acesso a elas.

O caso aconteceu na Apalachee High School, colégio de ensino médio do condado de Barrow, na cidade de Winder. O município fica nos arredores da capital da Geórgia, Atlanta.

Como foi o ataque?

Segundo a polícia, o rapaz levou para escola um rifle AR-15.

Em entrevista à ABC News, o estudante Sergio Caldera, de 17 anos, contou que estava na aula de química quando os tiros começaram a ser ouvidos.

“Minha professora abriu a porta para ver o que estava acontecendo. Outra professora veio correndo e falou para ela fechar a porta porque tinha um atirador.”
Outros alunos relataram que, ao ouvir os tiros, viraram as mesas para montar uma barricada e evitar que o atirador pudesse abrir a porta de outras salas de aula.

Em um comunicado oficial, a polícia local disse ter sido avisada sobre tiros na escola por volta das 10h23 pelo horário local (11h23, em Brasília).

A polícia entrou no prédio principal da escola e conseguiu retirar centenas de alunos. Eles foram levados ao campo de futebol americano do colégio.

Além disso, os agentes encontraram o atirador rapidamente e o renderam.

Qual foi o motivo do ataque?

A polícia informou que ainda está investigando as causas do ataque.

As autoridades afirmaram que o atirador tinha 14 anos e era estudante do colégio. Camille Nelms, uma das alunas da instituição, afirmou que o menino se sentava no fundo da sala e era quieto.

“Ninguém sabia realmente quem ele era”, afirmou a aluna.

Quem são as vítimas?

As vítimas que morreram são dois alunos e dois professores. Veja a seguir:

  • Mason Schermerhorn, 14 anos;
  • Christian Angulo, 14 anos;
  • Richard Aspenwall, 39 anos;
  • Christina Irimie, 53 anos.

Além disso, outras nove pessoas ficaram feridas com os disparos. Elas foram encaminhadas para hospitais da região. A polícia disse que eles estão fora de perigo.

O Diretor do Departamento de Investigação da Geórgia, Chris Hosey, disse que os professores e funcionários da escola agiram de forma heroica durante o ataque.

“Eles agiram admiravelmente. Eles foram heróis nas ações que tomaram. Os protocolos nesta escola e este sistema ativado hoje impediram que isso fosse uma tragédia muito maior do que a que tivemos aqui hoje”, afirmou.

O que aconteceu com o atirador?

O atirador foi rendido pelos policiais ainda na escola. Ele foi preso e deve responder por assassinato como se fosse um adulto, mesmo tendo 14 anos.

Após ser detido, o adolescente prestou depoimento. Entretanto, a polícia não deu detalhes sobre o teor da conversa.

Segundo o FBI, o jovem já havia sido investigado em 2023 por fazer ameaças na internet envolvendo um tiroteio em uma escola, no condado de Jackson. A região é vizinha da cidade onde o ataque desta quarta-feira aconteceu.

À época, o adolescente negou o caso. Ainda assim, as autoridades enviaram alertas para monitoramento contínuo do garoto. O pai dele também foi ouvido.

“O pai declarou que tinha armas de caça em casa, mas afirmou que o suspeito não tinha acesso não supervisionado”, disse o FBI.

Como estão as investigações?

Os policiais já descartaram que exista um segundo atirador que pudesse estar envolvido no ataque. Além disso, não há evidências de que outras escolas da região estejam sob ameaça.

Segundo a polícia, a investigação continua ativa. Entre os pontos que a polícia quer esclarecer estão:

  • Como o atirador teve acesso à arma usada no crime.
  • Qual foi a motivação do ataque.
  • Qual a relação do atirador com as vítimas.

Agentes do FBI também estão participando das investigações. De acordo com a polícia, outros detalhes sobre o crime só poderão ser fornecidos nos próximos dias.

Por g1 mundo

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