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Quatro pessoas são condenadas após organizar ‘call center’ para aplicar golpes contra aposentados em João Pessoa

O líder da organização criminosa, Madson Elias da Silva, foi uma das pessoas condenadas no processo, a nove anos e dois meses de prisão.

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Foto: pixabay/ ilustrativa

Um grupo de quatro pessoas foram condenadas sob acusação de envolvimento em um esquema de estelionato e associação criminosa, através da empresa de call center, a Nordeste Brasil Ltda, contra idosos em João Pessoa.

Como apurou o ClickPB, os crimes eram praticados contra beneficiários do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), que prometiam ganhos financeiros às vítimas, resultando em prejuízos.

Segundo a denúncia do Ministério Público da Paraíba (MPPB), no ano de 2022, os suspeitos se organizavam para enganar as vítimas, induzindo-as a acreditar que poderiam lucrar com a venda de supostos pontos acumulados em cartões de crédito.

A empresa fazia contato com as vítimas, informando que elas possuíam créditos em seus cartões, que poderiam ser convertidos em dinheiro. As vítimas eram convencidas a realizar empréstimos consignados, com a promessa de que o valor seria investido ou utilizado para compra dos supostos pontos.

Os valores eram desviados para contas ligadas à empresa, deixando as vítimas com dívidas altas. O juiz titular da 7ª Vara Criminal da Comarca de João Pessoa, Geraldo Emílio Porto, explicou que a condenação dos acusados serve de alerta para a população.

“A condenação dos réus marca um passo importante na responsabilização dos envolvidos e serve como um alerta tanto para a população quanto para os operadores do direito sobre a importância de vigilância constante e de respostas rigorosas diante de crimes que causam prejuízos tão profundos à sociedade”, comentou Geraldo.

O juiz afirmou ainda que a condenação dos envolvidos envia uma mensagem clara de que o sistema de Justiça está atento e preparado para lidar com crimes do tipo, principalmente aqueles que afetam de maneira direta a parcela mais vulnerável da população.

Quem são os acusados?

O líder da organização criminosa, Madson Elias da Silva, foi considerado o responsável pela criação, coordenação e execução das fraudes, condenado a nove anos e dois meses de prisão em regime fechado, além do pagamento de 444 multas diárias.

Além de Madson, Layla Jéssica Pessoa de Andrade também é apontada como uma das líderes da operação, sendo condenada a nove anos e dois meses de prisão em regime fechado, além do pagamento de 444 multas diárias. A terceira pessoa foi Beatriz Félix Bezerra, condenada a cinco anos e oito meses de prisão em regime semi-aberto, e ao pagamento de 216 multas diárias.

Beatriz era a responsável por supervisionar as atividades do call center e gatantia que as operações de fraude fossem realizadas de maneira eficiente. Por fim, Samara Suzana Farias Eneas, que também foi condenada a cinco anos e oito meses de prisão em regime semi-aberto, e ao pagamento de 216 multas diárias. Esta última possuía contato com frequência com as vítimas, facilitando transações de fraudes.

O processo reuniu várias provas, incluindo depoimentos de vítimas, registros de transações bancárias e interceptações telefônicas, que comprovam a existência de uma associação criminosa com grande estrutura e dedicação para a prática do estelionato.

O juiz explicou ainda que os acusados agiram de forma criminosa, ao se aproveitarem da boa-fé das vítimas, onde a maioria não tem conhecimento para compreender as fraudes.

No processo, foram declaradas inocentes Rossana dos Santos, Emilly Kelly Honorato dos Santos, Camila Nascimento dos Santos e Raquel Lourenço Lucas, por falta de provas.

O juiz entendeu que, apesar de estarem empregadas pela empresa, não existem provas suficientes que mostram que elas possuíam conhecimento das atividades criminosas que estavam sendo feitas. As mesmas atuavam como funcionárias do call center, cumprindo ordens e sem envolvimento direto ou consciente nas fraudes.

*Com informações do TJPB

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