Saúde

Mesmo sem novos casos de Febre Oropouche, Secretaria de Saúde reforça alerta com prevenção e sintomas na Paraíba

A orientação da SES reforça as limpezas nos quintais e nos arredores das casas. Além do uso de repelentes ao frequentar locais propensos e roupas que cubram todo o corpo.  

Febre Oropouche é transmitida pelo mosquito conhecido como Maruim.

Foto: Divulgação Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia

A Febre Oropouche na Paraíba não teve novos casos registrados nas últimas semanas. A constatação é da Secretaria de Estado da Saúde (SES). Em contato com o ClickPB, nesta sexta-feira (26), a assessoria reforçou que mesmo sem a existência de novos casos, a população deve estar atenta a prevenção e que o monitoramento segue sendo feito.

Os sintomas da Febre Oropouche são semelhantes aos das arboviroses, como dengue, zika e chikungunya, por isso, é necessário que, ao apresentá-los, a população procure o serviço de Saúde mais próximo para receber o tratamento adequado. Entre os principais sintomas estão: febre de início súbito, dor de cabeça, dor muscular e articular, tontura, dor retro-ocular, calafrios, fotofobia, náuseas, vômitos.

Diferente da dengue, zika e chikungunya, que são transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, a Febre Oropouche tem como principal transmissor o mosquito maruim, também chamado de “muruim”, comum no território paraibano. A transmissão ocorre por meio dos mosquitos infectados.

De acordo com o chefe do Núcleo de Fatores Biológicos e Entomologia da SES, Nílton Guedes, o maruim é um tipo de mosquito presente principalmente em locais úmidos. Ao contrário do Aedes aegypti, ele não se prolifera em água parada, porém, é necessário evitar entulhos ou materiais em decomposição. A orientação da SES reforça as limpezas nos quintais e nos arredores das casas. Além do uso de repelentes ao frequentar locais propensos e roupas que cubram todo o corpo.

A SES também destacou o monitoramento que segue sendo feito nos municípios fronteiriços com o estado de Pernambuco: Salgado de São Félix, Umbuzeiro, Natuba, Pitimbu, Caaporã, Pedras de Fogo, Juripiranga e Itabaiana, com a captura para avaliação desse vetor, com o objetivo de identificar possíveis regiões mais propícias para sua proliferação que são espaços de mangue, vegetação clima úmido, plantações, e espaços com depósito de matéria orgânica.

No último dia (11), o primeiro caso foi registrado na Paraíba de um homem de 34 anos, morador da cidade de João Pessoa, que procurou atendimento médico ao apresentar sintomas característicos da dengue, após ter viajado para o estado de Pernambuco, onde foi contaminado. O diagnóstico para Febre Oropouche foi confirmado por exame realizado no Laboratório Central de Saúde Pública da Paraíba (Lacen/PB).

O caso não foi de infecção dentro da Paraíba e sim, importado de Pernambuco, ou seja, a infecção ocorreu no estado vizinho. “Diferente da Paraíba, Pernambuco já tem registros da doença em 10 municípios. O paciente voltou da viagem apresentando sintomas três dias após o retorno, fez exame para a dengue, chikungunya e zika, e deu não detectável, porém, por termos informações do cenário epidemiológico dos locais por onde ele passou, foi realizado pelo Lacen o exame necessário para o diagnóstico. É importante frisar que o usuário se recupera bem, está em casa, aparentemente saudável”, explicou a técnica das arboviroses da SES, Carla Jaciara.

Ascom Saúde-PB

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