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Psicólogo na Paraíba explica como jogos atuam na mente humana e relata como o vício interfere na vida das famílias

Vício em jogos que envolvem dinheiro, como o Tigrinho, foi o tema da conversa do Arapuan Verdade desta quarta-feira (17) com o psicólogo Éverton Procópio.

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Foto: Pixabay/Ilustrativa

O vício em jogos que envolvem dinheiro, como o Tigrinho, foi o tema da conversa do Arapuan Verdade desta quarta-feira (17) com o psicólogo Éverton Procópio. Em entrevista ao programa, o profissional confirmou que o vício em jogo eletrônico tem o mesmo mecanismo que o vício em drogas ilícitas e álcool na mente do ser humano.

Segundo o psicólogo, houve um crescimento nos últimos cinco anos das buscas pelos jogos de apostas.

Procópio aponta que “existe um perfil característico de pessoas que se envolvem com os jogos. Até porque se sabe que o jogar ele é bom, educativo, promove raciocínio e a criatividade. Faz parte da nossa vida e traz prazer. E é nesse prazer que há uma disfunção bioquímica do sistema de neurotransmissores do corpo, de recompensa, que quando a gente começa a jogar e o algoritmo daqueles aplicativos faz com que você aposte R$ 10, R$ 100 e, se triplicou, gere uma recompensa, um prazer muito grande na mente e aquilo acaba levando você a querer mais um pouco: ‘poxa, se com R$ 100 eu ganhei R$ 500, então com esses 500 eu vou fazer mais’. Isso começa a gerar um sistema de recompensa, de autogratificação, que a pessoa começa a querer mais”, explica ele ao Arapuan Verdade, como acompanhou o ClickPB.

O psicólogo ainda lembra que, em alguns casos, as pessoas estão em busca de uma renda extra e, por isso, recorrem aos jogos de apostas para tentar ganhar dinheiro.

“Envolve o perfil socioeconômico também porque o adoecimento ele não é só bioquímico. Ele tem a ver com as influências da nossa sociedade, do ambiente que a gente convive, do fazer parte daquele comunidade que está jogando, que está nos grupos de conversa, o ser humano quer estar inserido nessas comunidades. E tem também as dificuldades socioeconômicas e a pessoa vê ali a possibilidade de gerar uma renda extra. Então são vários fatores que vão construindo o perfil das pessoas que acabam se envolvendo com os jogos”, relata o profissional.

O vício atrapalha as relações familiares e Éverton Procópio relatou que, às vezes, as pessoas procuram terapia não necessariamente por causa do vício em jogo, mas pela consequência disso em outros setores da vida. “Quando chegam aos nossos consultórios é por outros problemas, como o rendimento da criança na escola. Teve casal que a esposa procurou ajuda porque queria a atenção do marido, mas ele ficava jogando no celular”, descreve o psicólogo.

 

 

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