Alívio para viver melhor. Esse é o sonho de milhares de brasileiros que convivem com alguma dor no dia a dia. Em entrevista ao ClickPB, o médico, pesquisador e professor Nêuton Magalhães revelou existir técnicas e comportamentos diários que ajudam a prevenir ou amenizar a dor, além dos tratamentos e tecnologias para ajudar no gerenciamento da dor.
Segundo ele, a busca por alívio da dor é uma jornada muitas vezes cercada de angústias, até mesmo pela falta de profissionais especializados nessa área.
A complexidade das condições dolorosas também foi um dos motivos para ele e demais médicos fundarem o “Dor sem Fronteiras“, há dois anos formando novos médicos especialistas e promovendo mutirões de consultas gratuitas para a população.
“Levar educação continuada para médicos e profissionais da saúde devido a carência existente no mercado. Cerca de 60 milhões de pessoas sofrem com dor crônica no Brasil, isso é algo muito preocupante. Então é preciso ter um especialista em dor em cada cidade, assim como existe pediatra, cardiologista, entre outros”, explicou.
O controle da dor ainda não se estabeleceu como disciplina academia e só é feita por meio de pós graduação. Apenas 4% das graduações no mundo possuem alguma disciplina nessa área. Então esse nosso projeto é muito inovador e traz teoria e prática para nossos alunos”, disse.
Em recente pesquisa feita pelo Estudo Longitudinal da Saúde dos Idosos (ELSI-Brasil) 36,9% dos brasileiros com mais de 50 anos enfrentam uma rotina com alguma dor e cerca de 30% usam opioides para aliviar o problema.
O médico também falou dos tratamentos inovadores como tecnologia em chip, cannabidiol e outras técnicas que auxiliam e minimizam o impacto da dor na vida das pessoas. Além disso, ele revelou que além das várias causas, a dor também está atrelada ao processo de envelhecimento.
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Segundo ele, consequentemente a demanda por medicação aumenta cada vez mais, situação que alerta para um dos métodos mais aconselhados pela medicina, “o ideal é que o indivíduo adote desde cedo hábitos saudáveis de vida, como por exemplo, iniciar a prática de atividades físicas. Viver em movimento e cuidando da saúde é um caminho que pode ajudar muito e até evitar ou reduzir o impacto da dor”, revelou.
Ainda segundo ele, o especialista em gerenciamento de dor é treinado para atender por completo o paciente com diagnóstico e tratamento de diversos tipos de dor, por possuir profundo conhecimento da fisiologia da dor, além do domínio de testes especializados para diagnóstico, bem como avaliações precisas.
