Professores da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) entraram em greve nesta segunda-feira (3). A paralisação acontece por tempo indeterminado. A decisão foi tomada com 167 votos a favor, 38 contrários e duas abstenções em assembleia geral da categoria nesta quarta-feira (29), no campus da UFPB em João Pessoa, como divulgado pelo ClickPB.
Participaram das reuniões, em todos os campi, um total de 207 professores e professoras, sendo 172 em João Pessoa, 18 em Areia e 17 em Bananeiras. Além da greve, os professores aprovaram a realização da primeira reunião do Comando Local de Greve (CLG) às 15h da segunda-feira, na sede do sindicato, para traçar os encaminhamentos referentes à greve e também a contraproposta construída pelo Comando Nacional de Greve (CNG) e protocalada no último dia 27.
“A ADUFPB sempre respeitou a decisão dos docentes, que haviam decidido, em assembleias anteriores, pelo indicativo de greve sem data. Fizemos todo o possível para que o processo de negociação tivesse outro encaminhamento, mas o governo nos deixou sem perspectiva”, relatou o secretário geral da ADUFPB, Fernando Cunha.
A Associação dos Docentes da Universidade Federal da Paraíba (ADUFPB) havia relatado que 58 instituições federais vinculadas ao Andes (sindicato nacional) estão sem aula desde a deflagração da greve nacional, em 15 de abril. A ADUFPB informou, ainda, que, na UFPB, a categoria aprovou um indicativo de greve sem data durante assembleia realizada em 3 de abril e que já foram realizadas outras duas assembleias.
“A primeira, em 30 de abril, manteve o indicativo. E a segunda, na última sexta-feira, 24 de maio, rejeitou a proposta do governo federal (apresentada em 15 de abril, na Mesa Específica Temporária de Carreira) e antecipou para 29 de maio a assembleia destinada a discutir a deflagração de greve docente na UFPB. Anteriormente, essa assembleia estava prevista para 5 de maio”, disse a ADUFPB, como apurou o ClickPB.
Servidores e professores de algumas universidades e institutos federais pelo Brasil, como o IFPB na Paraíba, já estão em greve reivindicando repasses de verbas às instituições, além de melhorias salariais.
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