Segundo o Ministério da Saúde, o câncer de pele é o tipo de câncer mais frequente no Brasil e no mundo. A condição se caracteriza pelo crescimento anormal de células que compõem a pele, sendo a exposição excessiva ao sol o principal causador da doença. O diagnóstico precoce pode influenciar no sucesso do tratamento, já que casos detectados em estágios iniciais possuem maior chance de cura.
Dessa forma, examinar periodicamente a pele e acompanhar a evolução de pintas e manchas pode salvar vidas. A chamada regra ABCDE é uma forma didática que auxilia pacientes a realizar o autoexame e a diferenciar pintas comuns a lesões cancerígenas. Aprenda!
Regra ABCDE
A regra ABCDE consiste na observação dos seguintes fatores de uma lesão:
Assimetria
Ao observar a assimetria de uma pinta devemos notar se todos os seus lados são iguais. “Se dividirmos uma lesão de pele em 4 partes, como uma pizza, e cada parte tiver um formato diferente, trata-se de uma lesão suspeita”, explica Sheila Ferreira, oncologista da Oncoclínicas São Paulo.
Bordas
As bordas da pinta devem ser analisadas à procura de anormalidades. Algumas das características que merecem atenção são contornos irregulares semelhantes a recortes, contornos mal definidos e extremidades borradas.
Coloração
A cor da pinta merece atenção especial, e lesões com mais de uma cor devem ser observadas. “Tons de marrom, cinza, preto, vermelho em uma mesma mancha é considerado um sinal suspeito”, destaca a especialista. Além disso, é importante analisar se a mancha mudou de cor ao longo do tempo.
Diâmetro
Uma pinta com diâmetro maior do que 6 mm deve ser investigada. No entanto, é importante observar o progresso de pintas menores, já que a lesão do câncer pode ser pequena nos estágios iniciais.
Evolução
Ao acompanhar a evolução de uma pinta deve ser observado a forma que todas as características — assimetria, bordas, coloração e diâmetro — se manifestam ao longo do tempo, ou seja, se há o aumento de tamanho, mudança de cor, entre outros.
Quando buscar ajuda médica?
De acordo com a oncologista, o paciente deve buscar ajuda médica ao notar qualquer mudança de tamanho, coloração, textura ou sintomas como sangramento e ulceração em uma pinta.
“Devemos estar sempre atentos aos sinais do nosso corpo e realizar frequentemente o autoexame. É imprescindível a avaliação anual com dermatologista, ou antes, em caso de dúvida, sintomas ou sinais suspeitos [seguindo a] regra “ABCDE”, para verificar necessidade de biópsia e investigação adicional”, orienta Sheila.
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