O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, voltou a afirmar nesta sexta-feira que as eleições brasileiras são transparentes e seguras, e que “a única coisa secreta na Justiça Eleitoral é o voto do eleitor”. As declarações do presidente do TSE ocorreram durante a cerimônia de lacração dos sistemas eleitorais, e acontecem a um mês das eleições.
— Não há nada, absolutamente nada, de secreto na Justiça Eleitoral. A única coisa secreta é o voto do eleitor — disse Moraes.
A Corte conclui nesta sexta-feira o procedimento de lacração dos sistemas que serão utilizados nas urnas eletrônicas usadas nas eleições deste ano. Os programas foram assinados digitalmente durante toda a semana por diversas entidades fiscalizadoras.
Os ministros Nunes Marques, Benedito Gonçalves, Sérgio Banhos e o vice-procurador-geral eleitoral, Paulo Gonet, também participaram do ato.
O evento de lacração ainda contou com a participação da Polícia Federal, das Forças Armadas e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Também assinou o sistema um representante do PTB, partido que participou das inspeções dos códigos-fonte durante o mês de agosto.
Após a cerimônia, os sistemas serão digitalmente e fisicamente e armazenados na sala-cofre do tribunal.
— A assinatura digital é como um contrato em que várias partes assinam e que todas as partes concordam. A partir de agora, o TSE fica impedido de fazer qualquer alteração do sistema — explicou o secretário de Tecnologia da Informação do TSE, Julio Valente.
Segundo o TSE, os processos garantem ao eleitor que o voto registrado na urna será computado de forma totalmente segura. Ao longo de toda a semana, uma equipe composta por dez técnicos da Secretaria de Tecnologia da Informação do tribunal fez a compilação dos programas do sistema eletrônico de votação para verificar a integridade e o bom funcionamento.
Ainda de acordo com a Corte, na próxima etapa do calendário eleitoral, as cópias dos programas lacrados serão distribuídas aos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) para que possam ser inseridas nas urnas eletrônicas, juntamente com os dados de eleitoras e eleitores e de candidatas e candidatos. Cada TRE tem seu cronograma de preparação e carga estabelecido de acordo com a própria logística.