“O futebol é muito mais do que troféus”. Foi o que escreveu Pipico, do Botafogo-PB, no último domingo (14) em carta publicada nas redes sociais. No sábado (13), o centroavante foi o último batedor do Belo na decisão do Campeonato Paraibano após um empate em 1 x 1, mas isolou a cobrança e conheceu com o vice-campeonato pela 6° vez. Aos 39 anos, o atleta segue sem título profissional na carreira.
“Ontem, após perder o pênalti que poderia ter mudado o meu destino e do nosso time, sou confrontado mais uma vez com essa realidade. Mas quero encarar essa momento de frente, não como um fardo, mas como uma oportunidade de crescimento”, descreve o camisa 9 do Botafogo-PB.
Na sequência, Pipico reforça que aprendeu que o futebol é sobre a jornada e afirma que os insucessos em decisões não podem definir a carreira como atleta: “Então, sim, talvez eu nunca tenha sido um campeão no sentido tradicional, mas me recuso a deixar que isso defina minha carreira ou meu legado”.
Ao longo da carreira, o centroavante atuou por 18 clubes com destaque para as passagens pelo Santa Cruz, Atlético-GO, Guarani, Red Bull Brasil e Volta Redonda, clubes nos quais foi vice-campeão.
Em 2023, foi contratado pelo Botafogo-PB para a disputa da Série C do Campeonato Brasileiro, porém, devido ao processo de recuperação de uma lesão na coxa, fez somente quatro partidas e contribuiu com três gols. Nesta temporada, ganhou mais minutagem, e soma 19 jogos e seis gols.
Com a Terceirona com o Alvinegro da Estrela Vermelha pela frente mais uma vez, Pipico ainda tem a oportunidade de conquistar o primeiro título da carreira em 2024.
Carta de Pipico, do Botafogo-PB, na íntegra
“Ontem, ao viver mais um capítulo da minha jornada no futebol me sinto confortável em compartilhar algumas reflexões. Ao longo dos meus 39 anos, tive a benção de viver uma carreira que muitos sonham. Desde os gramados dos campos mais simples, até os estádios mais prestigiados, vivi momentos de glória, desafios e, sim, alguns momentos difíceis como o desse sábado.
Confesso que minha carreira não foi marcada por títulos, mas cada jogo, cada gol, cada momento vivido dentro das quatro linhas foi uma lição valiosa. Ser artilheiro em competições importantes, foi uma conquista pessoal que sempre me encheu de orgulho.
Ontem, após perder o pênalti que poderia ter mudado o meu destino e do nosso time, sou confrontado mais uma vez com essa realidade. Mas quero encarar essa momento de frente, não como um fardo, mas como uma oportunidade de crescimento.
Ao longo dos anos, aprendi que o futebol é muito mais do que troféus e medalhas. É sobre paixão, perseverança e superação. É sobre a jornada, não apenas o destino final. É sobre os laços que criamos, as histórias que compartilhamos e as lições que aprendemos juntos.
Então, sim, talvez eu nunca tenha sido um campeão no sentido tradicional, mas me recuso a deixar que isso defina minha carreira ou meu legado.
Obrigado por me desafiarem, por me fazerem crescer, por me lembrarem do que realmente importa no futebol e na vida.
E para todos aqueles que estão ao meu lado, que me apoiaram nos momentos bons e ruins, que compartilharam essa jornada comigo, eu só tenho uma coisa a dizer: Obrigado!
Obrigado por fazerem parte da minha história e por me ajudarem a me tornar quem eu sou hoje.
Seguimos com gratidão, Pipico!”