O segundo réu pronunciado pelo homicídio do lutador de Artes Marciais Mistas (MMA), Herisson da Silva Medeiros, será levado a Júri Popular na próxima quinta-feira (29), no município de Cabedelo, Região Metropolitana de João Pessoa. O Tribunal de Justiça da Paraíba informou que o julgamento de Matheus Feitosa Lopes começa às 8h30 e será presidido pela juíza titular da 1ª Vara Mista da Comarca, Thana Michelle Carneiro Rodrigues.
Gustavo José Pereira Dias, primeiro réu do caso, foi condenado, no dia 6 de fevereiro, a 16 anos e seis meses de reclusão. De acordo com o TJPB, no início deste julgamento, o Ministério Público trouxe novas informações relacionadas ao procedimento de ato infracional de um menor, que também está envolvido na morte do lutador, motivo pelo qual houve desmembramento do processo.
A sentença de pronúncia aponta que os réus tiveram a intenção de matar Herisson da Silva Medeiros quando realizaram disparos de arma de fogo contra a vítima. “Pronuncio os réus Igor Matheus Feitosa Lopes e Gustavo José Pereira Dias, ambos qualificados nos autos, a julgamento pelo Tribunal do Júri desta Comarca, como incursos nas penas do artigo l2l, parágrafo 2°, inciso ll e IV, do Código Penal (homicídio qualificado) e no artigo 244-B da Lei 8.069/90”, destacou a juíza.
Como o crime aconteceu
Segundo os autos, o crime aconteceu no dia 1º janeiro de 2015, na Rua Mar Vermelho, no Bairro de Intermares. Com esse fato novo, a magistrada deferiu o adiamento do julgamento em relação a Matheus Feitosa. A denúncia descreve que a vítima estava na orla da Praia de Intermares, em Cabedelo, com alguns familiares.
Por volta das 3h, saiu para deixar seus pais em sua casa, retornando à orla, já que ocorriam festividades de réveillon. Ao retornar, passando por um terreno abandonado, a vítima teria tropeçado em três pessoas que estavam agachadas, fazendo uso de entorpecente, sendo estes os dois réus e um menor.
O denunciado Gustavo José Ferreira Dias teria se levantado quando a vítima tropeçou e sacado uma arma. Neste momento, o lutador foi empurrado pela vítima. Em seguida, Igor Matheus e o menor gritaram “atira, atira”, ordem que foi seguida por Gustavo José, que atirou quatro vezes contra Herisson da Silva. Assim, segundo a denúncia apresentada pelo Ministério Público, Igor Matheus, junto com o menor, teriam instigado, induzido, incentivado o acusado Gustavo José a efetuar os disparos de arma de fogo, causando a morte da vítima.
Com assessoria