Uma câmera escondida foi descoberta em um quarto de um condomínio de luxo, na Praia de Muro Alto, em Ipojuca, no Grande Recife. O local é o mesmo em que investigadores da Polícia Civil de Pernambuco (PCPE) apreenderam o equipamento. O caso ficou conhecido após um casal de turistas do estado de São Paulo (SP) descobrir que a câmera oculta estava instalada dentro da tomada.
Por isso, eles tiveram dificuldade para fazer a conexão de equipamentos nessa tomada, que ficava na frente da cama de casal do apartamento. As imagens do vídeo mostram as instalações do quarto e parte do condomínio onde os turistas estavam hospedados.
O conteúdo do cartão de memória está sendo periciado pelo Instituto de Criminalística (IC). Segundo essa fonte, ligada ao alto comando da corporação, as imagens capturadas continham cenas de sexo.
De acordo com o jornal Diário de Pernambuco, as vítimas se hospedaram no dia 13 deste mês no imóvel. Após descobrirem a existência do equipamento, elas registraram o Boletim de Ocorrência (BO) no dia 15. No dia seguinte, um inquérito foi instaurado pela Delegacia de Porto de Galinhas para investigar o caso.
A proprietária do apartamento onde a câmera oculta foi descoberta já prestou depoimento aos investigadores e negou ter conhecimento da existência do equipamento.
“Sim, já foi identificado que as diligências preliminares identificaram que havia cena de sexo armazenadas no cartão de memória. E a investigação não descarta a existência de novas vítimas. Até agora foi apenas um casal que foi identificado. O conteúdo foi enviado para a perícia do IC”, destacou a fonte ligada à Polícia Civil
Polícia suspeita que há outras vítimas
Ainda segundo esta fonte ligada à polícia, os investigadores não descartam que haja outras vítimas da tal “câmera espiã”, já que os investigadores já descobriram que o equipamento estava instalado desde 2019 no quarto do condomínio.
“Os investigadores já tem a informação que o equipamento foi instalado desde 2019 e, que, não descartam que haja outras vítimas. Até o momento, só foi identificado um casal, que pode ser o mesmo que descobriu e prestou queixa”, comentou a fonte da polícia.
Os investigadores já tratam o caso como crime previsto no artigo 216-B. Essa norma aponta que é delito produzir, fotografar, filmar ou registrar, por qualquer meio, conteúdo com cena de nudez ou ato sexual ou libidinoso de caráter íntimo e privado sem autorização dos participantes: Pena de detenção, de seis meses a um ano, além de multa.
“Isso já configura no crime no Código Penal, de produzir ou filmar imagens de conteúdo explicíto de sexo ou nudez. A proprietária do apartamento negou conhecimento da existência do equipamento”, afirmou a fonte.