Justiça

Ministra Cármen Lúcia nega novo pedido de habeas corpus no STF para livrar padre Egídio da prisão

Ministra negou o habeas corpus e argumentou que não há ilicitude na prisão do padre e que o pedido de prisão domiciliar não é cabível.

padre egídio, juiz, pedido, gaeco

Padre Egídio de Carvalho (Foto: reprodução)

A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou, nesta quarta-feira (17), o pedido de habeas corpus feito pelos advogados do padre Egídio de Carvalho. O religioso está preso por suspeita de comandar um esquema de desvio de recursos públicos do Hospital Padre Zé, em João Pessoa.

Como apurado pelo ClickPB, a ministra negou o habeas corpus e argumentou que não há ilicitude na prisão do padre e que o pedido de prisão domiciliar não é cabível. Com a decisão da ministra, o padre continuará preso.

“Conclui-se, portanto, não haver ilicitude na manutenção da prisão preventiva, demonstrando-se supressão de instância se este Supremo Tribunal Federal realizasse o exame per saltum da matéria questionada. Quanto ao pleito de prisão domiciliar, este não foi analisado pelas instâncias anteriores, sendo imprescindível, para tanto, a análise das condições pessoais do paciente, não devendo este Supremo Tribunal se manifestar originariamente a respeito”, diz parte da decisão da ministra que o ClickPB teve acesso.

Entenda o caso Padre Zé

O escândalo no Hospital Padre Zé começou a ser divulgado após o desaparecimento de celulares e equipamentos eletrônicos doados pela Receita Federal para serem leiloados pelo hospital.

Após isso, começaram a surgir denúncias de desvio de outros recursos e o esquema criminoso, comandado pelo padre Egídio de Carvalho, então diretor do hospital, virou algo de uma investigação na Operação Indignus.

Durante as ações policiais, o padre Egídio foi afastado da direção do Hospital Padre Zé pela Arquidiocese da Paraíba. Uma nova equipe foi designada para comandar a unidade de saúde e determinou, inclusive, a realização de auditorias.

Como acompanhou o ClickPB, a Arquidiocese revelou que o padre Egídio havia contraído o valor de R$ 13 milhões em empréstimos em nome do Hospital Padre Zé e o dinheiro nunca chegou a ser aplicado na unidade de saúde.

A Operação Indignus cumpriu mandados em dez imóveis que seriam do padre Egídio, dentre eles uma granja na cidade de Conde e apartamentos em prédios de luxo na orla de João Pessoa.

Como trouxe o ClickPB, nos locais, os investigadores encontraram itens de luxo e ostentação. Os imóveis eram equipados com lustres e projetos de iluminação requintados.

Também chamou atenção que na granja havia móveis rústicos de madeira avaliados em R$ 3 milhões, além de 30 cães da raça Lulu da Pomerânia. Uma pesquisa do ClickPB revelou que um cão desta raça pode ser comercializado por até R$ 10 mil.

O padre Egídio de Carvalho, além de Amanda Duarte e Jannyne Dantas, ambas apontadas como envolvidas no esquema, foram presos no dia 17 de novembro.

Após audiência de custódia, o padre foi encaminhado ao Presídio Especial em João Pessoa, Amanda Duarte está em prisão domiciliar, por estar amamentando um bebê de quatro meses, e Jannyne Dantas foi levada ao presídio feminino Júlia Maranhão, também na Capital.

Em tentativa de colocar o religioso em liberdade, os advogados do padre Egídio entraram com habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça (STJ), mas a medida foi negada pelo ministro Teodoro da Silva Santos.

Veja abaixo parte da decisão da ministra:

Saiba mais sobre o escândalo no Hospital Padre Zé:

COMPARTILHE

Bombando em Paraíba

1

Paraíba

Rômulo Polari revela que número de turistas na Paraíba deve dobrar e passar para 2,6 milhões com Polo Turístico Cabo Branco

2

Paraíba

João Pessoa terá plano emergencial para turismo nos recifes de coral; veja como vai funcionar

3

Paraíba

PRF recupera carreta com mercadorias e carro em área de canavial após tentativa de roubo na Paraíba

4

Paraíba

Governador anuncia que Cagepa e Bombeiros vão levar água para 70 cidades que ficaram sem Operação Carro-Pipa na Paraíba

5

Paraíba

Cícero e João assinam contrato para implantação do serviço de ônibus rápido em João Pessoa; projeto é orçado em mais de R$ 400 milhões