O padre Egídio de Carvalho e as ex-diretoras do Hospital Padre Zé, Amanda Duarte e Jannyne Dantas, foram presos na manhã desta sexta-feira (17). Conforme apurou o ClickPB, os três ex-integrantes da alta cúpula que dirigia o Instituto São José foram alvos de mandados de prisão acusados de desvios de R$ 140 milhões.
De acordo com informações apuradas pelo ClickPB, o padre Egídio, Jannyne e Amanda se apresentaram às autoridades policiais juntamente com seus advogados de defesa. Agora detidos, eles ficam à disposição da Justiça.
O ClickPB apurou que o padre Egídio já está no Instituto de Polícia Científica da Paraíba (IPC) para a realização do exame de corpo de delito. No momento estão sendo resolvidas todas as questões a respeito da custódia dos detidos.
Inicialmente, os três alvos dos mandados de prisão não foram localizados. No entanto, ainda durante a manhã, o padre Egídio foi localizado em um hotel na cidade de Recife, capital de Pernambuco. Após ser preso, o padre Egídio foi transferido para João Pessoa.
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Os mandados de prisão foram autorizados pelo desembargador Ricardo Vital, do Tribunal de Justiça da Paraíba após recurso do Ministério Público da Paraíba.
Conforme apurou o ClickPB, os desvios aconteceram entre 2013 e setembro deste ano, momento em que foi deflagrada a Operação Indignus, investigando as irregularidades. O Instituto São José é responsável pelo Hospital Padre Zé e Ação Social Arquidiocesana.
Os atos ilícitos que são investigados são relacionados a desvios de recursos provenientes de programas sociais essenciais, como da distribuição de refeições a moradores de rua, amparo a famílias refugiadas da Venezuela, apoio a pacientes em pós-alta hospitalar, realização de cursos profissionalizantes, preparação de alunos para o ENEM, cuidados de pacientes com HIV/AIDS, entre outros. A investigação aponta ainda que os desvios comprometeram o atendimento a populações carentes e necessitadas atendidas pelo Hospital Padre Zé.
No início do mês de outubro foi deflagrada a Operação Indignus, pela força-tarefa formada pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público da Paraíba e forças de segurança do estado. Na primeira fase foram cumpridos mandados de busca e apreensão em vários imóveis que seriam de propriedade do padre Egídio, mas que teriam sido adquiridos com dinheiro desviado. Nos endereços, foram observados vários itens de luxo, como um fogão avaliado em R$ 80 mil, várias caixas de vinho importado, além de lustres e 30 cães da raça Lulu da Pomerânia.
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