O Ministério Público da Paraíba (MPPB) deu parecer no início da tarde desta sexta-feira (17) para que Amanda Duarte, ex-tesoureira do Hospital Padre Zé presa durante a manhã, possa cumprir prisão de forma domiciliar. A informação foi divulgada pelo jornalista Clilson Júnior, do portal ClickPB.
Durante o programa Arapuan Verdade, da rádio Arapuan FM, Clilson Júnior revelou que a decisão do Ministério Público se dá pois Amanda tem um filho com menos de um ano de idade. “O Gaeco, Ministério Público, acaba de dar um parecer para prisão domiciliar de Amanda Duarte”, detalhou Clilson.
O parecer do Ministério Público ainda será analisado pelo juiz que será designado para o caso, durante a audiência de custódia que também definirá os destinos do padre Egídio de Carvalho, considerado o líder da organização, e Jannyne Dantas, ex-diretora financeira do Hospital e braço-direto de Egídio.
A operação Indignus II foi deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado do Ministério Público do Estado da Paraíba (Gaeco) hoje e está cumprindo mandados contra o padre Egídio de Carvalho, ex-diretor do Hospital Padre Zé, a ex-diretora financeira Jannyne Dantas e a ex-tesoureira Amanda Duarte, todos acusados de desvios de recursos públicos e doações.
O ClickPB apurou que as investigações revelaram um esquema de corrupção envolvendo o desvio de dinheiro público na ordem de R$ 140 milhões.
Este esquema criminoso foi conduzido pelo padre Egídio de Carvalho através do Instituto São José, que administra o Hospital Padre Zé, e da Ação Social Arquidiocesana (Asa) durante 10 anos, entre 2013 e setembro do ano corrente.
LEIA MAIS SOBRE O ESCÂNDALO ENVOLVENDO PADRE EGÍDIO:
- Promotor Octávio Paulo Neto diz que pessoas com medo de investigação estão tentando plantar notícias contra padre George Batista
- Padre Egídio e diretoras do Padre Zé pagaram mais de R$ 300 mil por 38 monitores na pandemia, mas hospital nunca recebeu aparelhos
- EXCLUSIVO: Padre Egídio habilita novos advogados e mudança aponta para “delação premiada”
- Homem acusa padre Egídio de Carvalho de falsificar assinatura na compra de granja avaliada em R$ 5 milhões: “houve cambalacho”
- “A situação é caótica”: novo diretor do Hospital Padre Zé detalha cenário encontrado na casa de saúde após gestão do padre Egídio