Nem só de vinhos importados vivia Egídio de Carvalho, enquanto diretor do Hospital Padre Zé. Ostentar era o ‘hobby’ preferido do “santo padre”. Além dos imóveis de alto padrão adquiridos com dinheiro desviado da instituição, 30 cachorros de raça, móveis de luxo e salário exorbitante, Egídio gastou mais de meio milhão de reais para esbanjar obras de arte e objetos de decoração durante a pandemia. Conforme apurado pelo ClickPB, somente entre 2020 e 2022, foram gastos R$ 350 mil com quadros e itens que decoravam, principalmente, a granja situada no município de Conde.
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De acordo com as investigações, anotações realizadas pela ex-tesoureira Amanda Duarte mostram os valores gastos com a aquisição de obras de artes e relíquias religiosas como: imagens sacras, adornos feitos em prata, cristal e madeira, entre outras obras primas. Tudo comprado com o dinheiro retirado das contas bancárias do Hospital Padre Zé e da Associação Social Arquidiocesana (ASA).
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Como visto pelo ClickPB, há comprovantes de transferência bancária no valor de R$ 128.900 para Juliana Machado Zanini, sócia-administradora da Santa Fé Antiguidades, localizada em São Paulo. Para quem foi transferido, entre 2020 e 2022, o total de R$ 350 mil para aquisição de objetos de decoração.
Além disso, mensagens de WhatsApp enviadas pelo padre Egídio à ex-tesoureira Amanda Duarte comprovam o pagamento de R$ 80.400 à Zuleide Soares Carvalho, proprietária de um atelier em São Paulo. O valor é referente à compra de quadros com recursos do Hospital Padre Zé. Apenas 11 deles foram encontrados nas dependências do hospital. Dezenas decoravam a granja do padre, localizada no Conde.
Conforme calculado pelo ClickPB, o padre Egídio gastou um total R$ 559.300 com obras de arte, itens de decoração e relíquias religiosas, sendo R$ 209.300 somente em 2022.