Doença

Quase 11 mil brasileiros morreram de Aids em 2022, diz relatório do Ministério da Saúde

Foram registrados 43.403 de casos com HIV no ano passado, de acordo com o novo boletim epidemiológico divulgado pela pasta.

Quase 11 mil brasileiros morreram de Aids em 2022, diz relatório do Ministério da Saúde

Na avaliação do ministério, o principal gargalo hoje é a testagem: testa-se pouco. Para tentar reverter a situação, o Ministério da Saúde pretende distribuir 27 milhões de testes para detecção conjunta do HIV e da sífilis. — Foto:Reprodução

Quase 11 mil brasileiros morreram no ano passado tendo o HIV ou a Aids como causa básica, segundo dados do Ministério da Saúde divulgados nesta quinta-feira (30) para marcar o Dia Mundial de Luta Contra a Aids em 1º de dezembro. 

Foram registrados 43.403 de casos com HIV no ano passado, de acordo com o novo boletim epidemiológico divulgado pela pasta.

Do total das 10.994 mortes registradas, os negros representam quase o dobro de brancos. Foram 61,7% mortes entre pessoas negras, sendo 47% pardos e 14,7% pretas. 

Segundo dados do Ministério da Saúde, entre 2007 e junho de 2023, foram notificados 489.594 casos de infecção pelo HIV no Brasil. A maior incidência é entre homens e na faixa etária entre 25 e 39 anos.

A estatística é liderada pela região Sudeste, 203 mil; seguida do Nordeste, com 104 mil casos; Sul com 93 mil; Norte com 49 mil; e 38 mil no Centro-oeste.

A questão social também tem grande impacto nas estatísticas de HIV, explica Draurio Barreira, Diretor do Departamento de HIV/Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis (Dathi) do ministério.

“Há uma queda mais acentuada entre os casos em brancos de maior escolaridade. As vulnerabilidades são determinantes da questão do HIV, como de tantas outras doenças”, afirmou durante a apresentação do boletim à imprensa.

Ainda segundo o diretor, o sistema de saúde precisa incluir essas pessoas da forma mais completa possível.

“O grande desafio é combater o estigma e a discriminação, fazer com que essas pessoas tenham portas abertas não só no sistema de saúde, mas também na sociedade civil, para ter acesso não só ao tratamento, mas ao diagnóstico e à profilaxia”, disse.

Testagem e profilaxia (prevenção)

Na avaliação do ministério, o principal gargalo hoje é a testagem: testa-se pouco. Para tentar reverter a situação, o Ministério da Saúde pretende distribuir 27 milhões de testes para detecção conjunta do HIV e da sífilis.

A testagem precisa melhorar muito. Para todos os anos, as pessoas que foram testadas receberam o tratamento retroviral. A detecção pode melhorar, mas a oferta do tratamento tem sido satisfatória.

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