Agressão

Médico Kauê Seabra é investigado por violência física, psicológica e patrimonial na Delegacia da Mulher em João Pessoa

Mikaella procurou a Delegacia da Mulher, em João Pessoa, após ter sido agredida por Kauê na frente do filho do casal.

Médico Kauê Seabra é investigado por violência física, psicológica e patrimonial na Delegacia da Mulher em João Pessoa

Os vídeos flagram o médico armado dentro de casa fazendo ameaças — Foto:Reprodução

O médico psiquiatra Kauê Seabra foi denunciado e está sendo alvo de uma investigação policial após uma série de agressões contra a ex-esposa. O ClickPB apurou que no último mês de setembro a Justiça da Paraíba concedeu medida protetiva para a vítima, a médica Mikaella Lacerda. Kauê está proibido, desde então, de se aproximar e até mesmo de se comunicar com a ex-esposa.

Mikaella procurou a Delegacia da Mulher, em João Pessoa, após ter sido agredida por Kauê na frente do filho do casal. Ela foi submetida a um exame de corpo de delito que comprovou as agressões e a denúncia culminou na concessão de medida protetiva. Além das agressões físicas, o médico também é acusado de violência psicológica e patrimonial, já que ameaçava a vítima com frequência e até mesmo a obrigava a repassar o seu salário.

Em vídeos registrados pelas câmeras de segurança instaladas no apartamento em que o casal residia é possível verificar algumas das agressões do médico. Também é possível observar a última agressão, quando a vítima foi empurrada na frente do próprio filho do casal. Após esta agressão, a vítima ligou para a polícia e gritou por socorro na janela de casa. Os vizinhos ouviram os gritos e tentaram prestar socorro, de acordo com depoimentos feitos na delegacia.

Já o médico fugiu do apartamento logo em seguida aos pedidos de socorro. Depois desse fato, a vítima compareceu à delegacia e foi levada para exame de corpo de delito, de acordo com as informações recebidas pelo ClickPB.

Em outro episódio relatado pela vítima, Kauê Seabra teria arrombado a porta do quarto com chutes. A médica Mikaella Lacerda havia se trancado em seu quarto para dormir com o filho com medo do esposo. Porém, ele conseguiu arrombar a porta com chutes.

Após a denúncia da médica, a Delegacia da Mulher instaurou inquérito policial para investigar a conduta do acusado. Testemunhas reforçaram as acusações e prestaram depoimentos revelando um histórico de violência doméstica, com agressões físicas, além de violência patrimonial, moral e psicológica.

Violência

De acordo com os depoimentos que o ClickPB teve acesso, Mikaella era obrigada a repassar todo o seu salário para o então marido, Kauê Seabra. Além disso, ela também era constantemente xingada e ameaçada na frente de seus filhos. O médico costumava andar armado dentro de casa e manipular sua arma de fogo na frente dos filhos. Ele já teria, inclusive, efetuado disparos de arma de fogo da varanda de casa após discussões.

Os episódios de violência não param por aí e a médica relatou ainda que era forçada a usar medicamentos controlados. Ela ainda era proibida até mesmo de falar com a própria mãe. O médico Kauê Seabra proibiu a entrada da mãe de Mikaella no prédio em que moravam. A vítima evitava ver a própria mãe temendo represálias por parte do então marido que, constantemente, também ameaçava tirar a guarda dos filhos como uma das formas de manipulação.

Um dos vídeos apresentados pela vítima para a polícia registra o momento em que Kauê Seabra teria rasgado as roupas da esposa para obriga-la a amamentar durante a madrugada. Outro vídeo flagra o momento em que Kauê cospe no rosto de Mikaella, que segurava a filha do casal no colo.

Investigação

O inquérito policial para investigar as agressões e ameaças do médico está tramitando na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM Norte). Inicialmente o inquérito foi conduzido pela delegada Claudia Germana, que foi transferida antes de sua conclusão. Atualmente, o inquérito aguarda apenas o relatório final de uma das delegadas que assumiu o comando da DEAM Norte.

A vítima chegou a prestar mais de um depoimento na Delegacia da Mulher e ainda juntou áudios e prints de conversas para comprovar os episódios de violência que sofria. Ela registrou ainda que as testemunhas estavam com temor de represálias por parte do médico.

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