Um grupo de empresários de João Pessoa estão se unindo em uma campanha para arrecadar fundos para o Hospital Padre Zé, em João Pessoa. Conforme apurou o ClickPB, a informação foi divulgada na edição desta sexta-feira (15) durante o programa Arapuan Verdade.
O ClickPB apurou que o grupo é formado por 22 empresários e a ação é coordenada por Roberto Santiago, proprietário do Manaíra e do Mangabeira Shopping, os dois maiores centros de compras do estado. Um ‘café da manhã’ foi realizado hoje em Manaíra, para intensificar a arrecadação de fundos.
Em entrevista a rádio Arapuan FM, o advogado Pedro Pires, representante do grupo Manaíra Shopping, falou sobre a importância da campanha para ‘aliviar’ a situação financeira da instituição.
“Esse grupo de empresários foi formado, o Roberto [Santiago] teve a iniciativa de em um primeiro momento fazer a doação, que o coração dele é gigante, pouca gente sabe. Clilson foi um dos que fez esse furo e terminou por até incentivar a formação e o pessoal colocar o rosto para dar a credibilidade necessária para que a sociedade perceba, quem é que está envolvido no projeto, que o projeto vai a frente e ele tem que continuar”, explicou.
Sobrinho-neto comemora iniciativa
O desembargador Fred Coutinho, sobrinho-neto do Padre Zé, fundador do hospital, comemorou a iniciativa dos empresários.
“Depois dessa dificuldade ultrapassada, tão bem entregue ao padre George, nós aqui estamos novamente dizendo, representando a família, somente como gratidão, gratidão a cada empresário, a cada cidadão paraibano que abraçou essa causa para servir o mais necessitado”.
Antiga administração do padre Egídio e rombo no Hospital
Ao longo de pouco mais de 10 anos, o Hospital Padre Zé e a Ação Social Arquidiocesana (ASA) teriam sido alvos de um esquema de desvio de recursos comandado pelo padre Egídio de Csrvalho. Segundo investigação do Gaeco, vinculado ao Ministério Público o rombo chegaria a mais de R$ 140 milhões.
O suposto esquema montado pelo padre Egídio teria bancado desde vinhos no valor de R$ 1,500 à imóveis de luxo na beira-mar de João Pessoa.
Para comandar o esquema, Egídio não agiria sozinho e contaria com a colaboração de algumas pessoas, entre elas Amanda Dantas e Jannyne Almeida, que atuavam no alto escalão do hospital filantrópico Padre Zé.
Prisão
O padre Egídio de Carvalho Neto, Amanda Dantas e Jannyne Almeida foram presos em 17 de novembro. Quase um mês após o ocorrido, Egídio e Jannyne seguem em regime fechado, já Amanda teve a prisão em regime fechado revertida para prisão domiciliar, com base em um pedido devido ao fato de que ela é mãe de uma criança com menos de dois anos de idade.
Hospital ‘quebrado’
A nova administração do Padre Zé revelou à imprensa que ao assumir a unidade de saúde encontrou o equipamento ‘quebrado’ financeiramente. Entre os rombos fruto da gestão do padre Egídio estão dois empréstimos que somados chegam ao valor de R$ 13 milhões.
Com dificuldades para pagar a folha de funcionários que chega a mais de R$ 500 mil mensalmente, a instituição tem sido mantida com o auxílio de um grupo de empresários e com as doações feitas pela população.
| Assista ao Arapuan Verdade de hoje:
| LEIA MAIS SOBRE O ESCÂNDALO ENVOLVENDO A ADMINISTRAÇÃO DO PADRE EGÍDIO NO HOSPITAL PADRE ZÉ: