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Espionagem on-line rende prisão a casal israelense

Um casal israelense foi condenado à prisão nesta segunda-feira, por ter criado um vírus de computador que realizou espionagem industrial em diversas empresas da

Um casal israelense foi condenado à prisão nesta segunda-feira, por ter criado um vírus de computador que realizou espionagem industrial em diversas empresas daquele país. Ruth Haephrati ficará detida por quatro anos, enquanto a pena de seu marido e comparsa, Michael, será de dois anos.

No final de janeiro, os dois foram extraditados do Reino Unido, onde foram presos em maio do ano passado com a colaboração da Interpol, investigadores particulares e pelo menos 20 empresas privadas que diziam ser vítimas de suas ações.

Em Israel, a invasão de computadores pode render até cinco anos de prisão –a pena aumenta se houver roubo de dados, como aconteceu neste caso. Segundo a imprensa local, os israelenses tiveram suas penas reduzidas depois de colaborarem com a Justiça, revelando quem eram seus clientes.

O processo judicial aberto no ano passado indica que grandes empresas teriam contratado agências particulares de espionagem para instalar este programa malicioso nos sistemas dos concorrentes. Desta forma, elas teriam acesso a informações sigilosas, como lançamentos de produtos, campanhas publicitárias, novas tecnologias, relatórios financeiros e também editais de concorrência.

Pelo menos outras 18 pessoas foram interrogadas sobre o caso, incluindo executivos de grandes corporações. Todas as organizações acusadas –entre elas a empresa de televisão via satélite YES e as operadoras de telefonia celular Cellcom e Pelephone– negaram participação nos esquemas de espionagem.

Em entrevista concedida por telefone, no início do ano, ao canal israelense Channel Two, Michael afirmou ter criado o software espião para “pregar uma peça” na família de sua ex-mulher.

Depois de testar a efetividade do código, os Haephratis tentaram vendê-lo ao serviço de defesa israelense, que não quis a novidade. Ruth decidiu então oferecê-la a agências particulares de espionagem. “Me responsabilizo sozinha por meus erros. Michael nunca quis que eu entrasse em contato com estas organizações”, disse a mulher, também por telefone, ao Channel Two.

A imprensa internacional não divulgou como os códigos invadiam os computadores de empresas. Uma das maneiras mais comuns é uma estratégia conhecida como phishing scam –quando e-mails fraudulentos oferecem links ou sugerem visitas a sites maliciosos que instalam involuntariamente no computador da vítima programas espiões.

Folha Online

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