Política

Proibido de dar entrevista, pivô do novo “mensalão” protesta

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O advogado Roberto Bertholdo, apontado como operador do “mensalão” no PMDB, protestou ontem em Curitiba (PR) contra decisão do juiz federal substituto da 2ª Vara Criminal de Curitiba, Gueverson Farias, que o proibiu de conceder entrevista à imprensa.

Bertholdo está preso há quatro meses, acusado de montar um esquema de vendas de sentença na Justiça Federal. Ele divide cela no Cope (Centro de Operações Policiais Especiais), órgão da Polícia Civil do Paraná, com o doleiro Antônio Claramunt Oliveira, o Toninho da Barcelona.

Bertholdo afirma que quer apontar um “outro braço, como o Banco Rural”, na transformação em dinheiro vivo de recursos oriundos de corrupção no país.

Depois de ser proibido de conceder entrevista, Bertholdo escreveu duas notas, uma para a Folha e outra para a Rede Globo, em que demonstrava seu inconformismo pela proibição do juiz Farias. Em seu despacho para proibir as entrevistas, o juiz Gueverson Farias afirmou que o fato traria “excessiva exposição à imagem do acusado”.

Na nota entregue à reportagem da Folha, Bertholdo afirma ser “curioso o fato de a 2ª Vara não haver se preocupado com a imagem [de Bertholdo] quando permitiu o vazamento das gravações que contesto por serem editadas, recortadas e montadas”. As gravações a que Bertholdo se refere foram divulgadas pela revista “Veja”.

“No momento em que solicitei conceder entrevista para revelar a verdade e novos fatos relacionados à corrupção, evidente que estava interessado em manifestar-me, despreocupado com a minha imagem, que já foi escarniada [sic] pela própria 2ª Vara, que me prendeu”, afirma na nota.

O fato novo que Bertholdo promete revelar ao procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, é o nome da “pessoa que opera a transformação em dinheiro vivo dos atos de corrupção no país”.

Essa pessoa, segundo Bertholdo, seria um deputado federal que operava, juntamente com a corretora Bônus-Banval, a partir de Brasília.

Na nota endereçada à Rede Globo, Bertholdo defende ainda o diretor geral da Itaipu Binacional, Jorge Samek. Nas gravações divulgadas pela “Veja”, Bertholdo aparece comentando que Samek teria recebido propina de empreiteiras contratadas por Itaipu.

Bertholdo escreveu que “gostaria de adiantar, a título de justiça, que nada vi ou presenciei de irregular na gestão de toda diretoria de Itaipu, especialmente na conduta ética e moral do senhor Jorge Samek, durante o período em que fui conselheiro”.

Bertholdo foi membro do Conselho de Administração de Itaipu, indicado pelo PMDB, de julho de 2003 a fevereiro de 2005. Ele ocupou vaga do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu.

Fonte: Folha Online

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