Brasil

Exército deixa morros no Rio e fará ações pontuais

Depois de 10 dias nas favelas do Rio de Janeiro, mas sem encontrar as armas que procuravam, as tropas verde-oliva voltaram aos quartéis

Depois de 10 dias nas favelas do Rio de Janeiro, mas sem encontrar as armas que procuravam, as tropas verde-oliva voltaram aos quartéis. No morro da Providência, no centro, onde o tráfico desafiou os homens do Exército em violentos tiroteios, os bandidos comemoraram a saída dos militares com uma espécie de “réveillon”: promoveram queima de fogos que durou 10 minutos, no início da tarde, assim que os veículos do Exército se retiraram.

Ainda com mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça Militar a cumprir, o Exército vai apostar em operações “pontuais”. Novas investidas poderão até contar com maior efetivo em determinadas áreas. A megaoperação foi desencadeada para procurar os 10 fuzis e a pistola roubados, dia 3, do quartel do Estabelecimento Central de Transportes (ECT) do Exército, em São Cristóvão. As suspeitas recaem sobre ex-militares que forneceriam armas a traficantes.

Operação integrada

Apesar de o Comando Militar do Leste (CML) não confirmar oficialmente a saída das tropas – diz apenas que elas estão “em movimento” – comboios de soldados foram vistos deixando outras comunidades, como Mangueira e Complexo do Alemão. Na véspera, militares tinham saído do morro do Dendê, na Ilha do Governador, e do Parque Alegria, no Caju. Ao todo, foram 10 favelas ocupadas, nas quais atuam 1.250 bandidos armados com pelo menos 485 fuzis, como se noticiou ontem, com base em levantamento da Polícia Civil.

“O Exército não está deixando de fazer operação, mas vai começar a fazer um tipo de operação integrada com a polícia do Rio”, afirmou o Secretário de Segurança Pública do Estado, Marcelo Itagiba.

O último confronto na Providência foi travado às 5h20 de ontem, e durou 20 minutos. Por volta das 13h30, as tropas deixaram a favela. Imediatamente, a Ladeira do Barroso foi tomada por moradores que gritavam ofensas. Sete jipes e nove caminhões levaram cerca de 300 soldados de volta aos quartéis, em Deodoro.

Também à tarde, militares entraram num supermercado desativado na Tijuca para checar denúncia de que as armas teriam sido deixadas por traficantes no local. O resultado da revista não foi divulgado.

Após seis horas vasculhando o prédio do antigo supermercado Carrefour, na rua Conde de Bonfim, na Tijuca, os 20 homens da Polícia do Exército (PE) e do Serviço de Inteligência saíram do local, às 18h, sem dar informações. O imóvel, que está vazio, fica próximo ao morro do Borel, cuja quadrilha é da facção criminosa Comando Vermelho (CV), suspeita de ter participado do roubo das armas.

A operação foi deflagrada depois que a PE recebeu denúncia anônima de que as armas estavam escondidas no local. Durante a tarde, tiros de fuzil foram ouvidos, mas oficiais não confimaram se foram disparados para a favela ou de dentro dela.

Uma das preocupações dos militares ontem era sair das ruas de forma honrosa, mesmo sem ter anunciado o encontro das armas. O CML informou que hoje daria entrevista coletiva à imprensa para dar balanço da atuação militar nas favelas.

A Secretaria de Segurança Pública informou que apreendeu no fim de semana, em uma favela da zona norte, dois fuzis de uso exclusivo das Forças Armadas, mas que eles não pertenciam ao arsenal roubado do quartel.


O Dia

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