Esporte

MST lembra massacre de Carajás com mais 6 invasões

Ocupações fazem parte de um calendário montado pelo movimento para marcar a passagem dos dez anos do massacre de Carajás, em 1996, quando 19 sem-terras foram mo

O Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST) em Pernambuco invadiu neste domingo (12) mais seis propriedades rurais no Estado. As ocupações fazem parte de um calendário montado pelo movimento para marcar a passagem dos dez anos do episódio que ficou conhecido com o massacre de Eldorado dos Carajás, quando, em 1996, 19 sem-terra foram mortos na cidade de Eldorado dos Carajás (PA). Desde o início do mês, 26 áreas foram ocupadas, com a participação de cerca de 3,9 mil famílias.

As ocupações realizadas ontem ocorreram nos engenhos Pimentel, localizado nos municípios de Cabo de Santo Agostinho, na Região Metropolitana do Recife (180 famílias); Cachoeira Dantas, em Gameleira, na Mata Sul (100); Cana Brava, Oiteiro Alto, Guararapes e Maribondo, em Aliança, na Mata Norte (60 famílias em cada engenho).

Sem confronto

Segundo a coordenação estadual do movimento, não houve confronto em nenhuma das propriedades invadidas. Há informações extra-oficiais de que o MST planeja alcançar a marca de 70 ocupações até o fim do mês. A assessoria de imprensa do movimento, no entanto, evita falar em números.

Até sexta-feira apenas duas das áreas invadidas durante a jornada do MST haviam recebido autorização judicial para desocupação. Mesmo assim, somente na Fazenda Faquinha, localizada no município de Cabrobó, a Polícia Militar conseguiu efetuar o despejo das 300 famílias que estavam no local, na terça-feira. Na ocasião, houve conflito, e sete sem-terra ficaram feridos.

Insatisfação

A maior ocupação realizada durante essa jornada foi a do Engenho São João, localizado no município de São Lourenço da Mata, na Região Metropolitana do Recife. Ao todo, 600 famílias estão acampadas na área.

Esta é a quarta vez que a propriedade, com 578 hectares, é ocupada pelo MST. Em novembro, cerca de 900 famílias que estavam acampadas no local foram despejadas pela PM. Houve confusão e pelo menos 40 sem-terra foram presos. Parlamentares que tentavam acompanhar a desocupação foram impedidos por policiais militares.

Descontentes com a lentidão no processo de vistoria e imissão de posse em dezenas de áreas no Estado, líderes locais do MST ameaçam repetir greve de fome realizada há 10 anos. Naquela oportunidade, 14 integrantes do movimento jejuaram durante 10 dias para pedir pressa no processo de liberação do assentamento Normandia, localizado em Caruaru, agreste do Estado. Hoje, Normandia é um assentamento-modelo, onde funciona a sede do movimento.


Agência Estado

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