As entrevistas na Austrália foram feitas com mais de 1,3 mil pessoas, todos maiores de 18 anos e se concentraram em sentimentos de solidão.
Os níveis mais baixos de solidão foram encontrados em adolescentes e nas pessoas com mais de 50 anos.
O estudo constatou que as pessoas que têm mais fé religiosa tinham menos probabilidade de se sentirem solitárias, independentemente da idade.
Aposentadoria e solidão
Mulheres têm mais probabilidade de terem crença religiosa, e a pesquisa mostrou que, de maneira geral, elas são menos passíveis de se queixar de solidão.
A solidão é mais comum em pessoas desempregadas do que entre os aposentados.
Os rendimentos de cada família tiveram um forte efeito, com pessoas em lares mais pobres apresentando mais probabilidade de se sentirem solitárias.
“Entender o que faz uma pessoa se sentir solitária é muito importante, já que a solidão pode aumentar o risco de problemas de saúde, tais como doenças do coração e depressão, e outros problemas, como violência doméstica”, disse William Lauder, da Universidade de Dundee, na Escócia – que trabalhou no estudo australiano.
“Uma das conclusões mais interessantes deste estudo é que ele contesta a crença de que a aposentadoria está ligada a menos contatos sociais e que as pessoas ficam mais solitárias quando envelhecem”, acrescentou.
Mas o psicólogo social Arthur Cassidy, do Instituto Belfast, alertou contra o fato de se ver a solidão como uma coisa absolutamente negativa.
“A solidão é uma idéia social. Existem pessoas que escolhem viver uma vida solitária”, afirma.
Fonte: BBC News