Política

Serra admite ser candidato, mas sem disputar prévias

O prefeito de São Paulo, José Serra, anunciou nesta segunda-feira, pela primeira vez, que é pré-candidato do PSDB a presidente da República

O prefeito de São Paulo, José Serra, anunciou nesta segunda-feira, pela primeira vez, que é pré-candidato do PSDB a presidente da República pelo partido. Mas ele impõe como condição que a legenda não realize prévias, em que enfrentaria o governador Geraldo Alckmin, o outro pré-candidato.

“Vou apresentar para a direção do PSDB a possibilidade, a disponibilidade para ser candidato a presidente da República”, disse Serra na sede da Prefeitura, após ter dado declarações semelhantes na porta de sua casa, na zona oeste de São Paulo.

“Eu vejo, no entanto, que não há condições de fazer uma prévia no PSDB, porque uma prévia vai acabar dividindo o partido, criando problemas, rivalidades, inclusive, no fundo, favorecendo o adversário”, ponderou na declaração à imprensa em que não respondeu perguntas.

Serra apontou as pesquisas como sua motivação. “Isso em razão do fato de que as pesquisas há muitos meses vêm apontando meu nome como o nome mais forte para disputar com o presidente Lula neste ano.”

O prefeito, que passou os dois últimos meses sem admitir publicamente seu desejo em se candidatar, afirmou que a decisão agora é do partido. “Me coloquei à disposição do partido, a decisão não é minha, como muita gente vinha pensando, não se trata de uma decisão, se trata de colocar à disposição. Se o partido entender que sim, eu poderei vir a ser o candidato.” Ele disse ser legítima a pretensão de Alckmin em se candidatar, mas refutou a intenção do governador de realizar uma consulta ao partido para decidir quem será o candidato.

É possível que nesta noite a cúpula do partido, representada pelo presidente da legenda, senador Tasso Jereissati, e o governador de Minas Gerais, Aécio Neves, se reúnam com Serra. Tasso havia prometido anunciar o nome na terça-feira.

Na declaração, Serra aproveitou para criticar o atual governo. “Eu tenho presente que o Brasil precisa mudar. O Brasil nos últimos anos foi tomado por uma onda de corrupção, de perda de moralidade na vida pública, de economia estagnada, com o desemprego alto e em elevação que é o que vai acontecer neste ano. Nós temos que dar um outro rumo para o Brasil.”

Reuters

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