Prostituição forçada durante a Copa preocupa Parlamento Europeu

O comissário europeu de Liberdade, Segurança e Justiça, Franco Frattini, defendeu na segunda-feira (13) que sejam adotadas punições durante a Copa do Mundo para quem contratar os serviços de uma prostituta com pleno conhecimento de que ela é vítima de exploração sexual.

“Quando um cliente sabe que a pessoa é vítima de exploração, devemos reconhecer a necessidade de uma punição”, disse Frattini, num debate no Parlamento Europeu sobre como prevenir a prostituição forçada durante o próximo Mundial de futebol, na Alemanha.

O plenário do Parlamento Europeu votará nesta terça-feira, um projeto de resolução no qual apóia a campanha do Conselho nacional de mulheres alemãs, o “Cartão vermelho para a prostituição forçada” e pede ao Comitê Olímpico Internacional, a Fifa, à Uefa e à Federação Alemã que façam o mesmo.

Além disso, pede à Comissão e aos membros da União Européia que incentivem campanhas durante os eventos esportivos internacionais destinadas aos clientes potenciais. Outro objetivo é prevenir as mulheres contra “os riscos e os perigos de cair nas redes de tráfico de seres humanos”

O Parlamento também vai propor à Alemanha que estabeleça uma linha telefônica multilíngüe e que lance uma campanha de comunicação para oferecer apoio às mulheres obrigadas a se prostituírem durante o Mundial.

Frattini pediu uma “reflexão” entre os membros da União Européia sobre uma possível fórmula de prevenção da prostituição, como a já aplicada pela Suécia. E confirmou sua intenção de propor aos ministros de Justiça e Interior da UE a exigência de um visto temporário de entrada na UE, para os países considerados origem habitual de tráfico de prostitutas durante o Mundial da Alemanha.

Perante as críticas de algumas parlamentares, em particular do grupo Socialista, o comissário explicou que a obrigação de solicitar visto de entrada na União não pesaria só sobre as mulheres destes países. “Nunca me passou pela cabeça impor vistos só para mulheres”, ressaltou.


Agência EFE