Brasil

Polícia fecha 1,8 mil lojas de “camelódromo” no RJ

Principal ponto de venda de produtos pirateados e contrabandeados do Rio, o mercado popular movimenta mais R$ 2,5 milhões por mês

Policiais da Delegacia de Repressão a Crimes Contra a Propriedade Imaterial (DRCPIM) interditaram ontem todas as 1,8 mil lojas do camelódromo da rua Uruguaiana, no Centro da capital fluminense. Principal ponto de venda de produtos pirateados e contrabandeados do Rio, o mercado popular movimenta mais R$ 2,5 milhões por mês. Dois homens foram presos – o presidente da Associação Comercial do Mercado Popular da Rua Uruguaiana, Alexandre Farias (apontado como o maior contrabandista do Estado), e o comerciante Fábio de Deus, encaminhados para a Polinter.

Até as 21h de ontem, as mercadorias apreendidas em apenas uma das quatro quadras do camelódromo já haviam lotado um caminhão baú com capacidade para 10 toneladas. A operação, resultado de um ano de investigação, que contou com a participação de 70 policiais de 25 delegacias ¿ 15 da capital e 10 do interior. Os agentes usaram alicates, pés-de-cabra e até marretas para arrombar as portas das lojas.

Outra pessoa foi detida por desacato e depois, liberada. Alexandre pode pegar até 15 anos de prisão. Ele foi indiciado por seis crimes: formação de quadrilha, receptação e sonegação fiscal, corrupção ativa, violação de direitos autorais, e usurpação de função pública. Fábio vai responder por receptação, pois foi flagrado com mercadoria em situação irregular. “Alexandre é o principal contrabandista do Rio”, afirmou o delegado titular da DRCPIM, Marco Aurélio Ribeiro.

R$ 21 mil apreendidos na casa de Alexandre

Alexandre ainda cobrava taxas que variavam de R$ 40 a R$ 80 de cada comerciante por mês para pagamento do consumo de luz. “Ninguém pode cobrar por um serviço público a não ser a concessionária responsável por ele. Isso é usurpação de função pública e crime. Além disso, Alexandre foi flagrado em escutas telefônicas que há seis meses vêm sendo feita pela polícia negociando a compra e venda de produtos piratas que seriam comercializados aqui”, completou o delegado.

Na casa de Alexandre, em Maricá, policiais encontraram várias mercadorias contrabandeadas e R$ 21 mil em dólares e reais. Já na sede administrativa da associação, na Rua dos Andradas, Centro, foram apreendidos documentos, entre eles relação dos comerciantes que trabalham no camelódromo.


O Dia

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