Política

Laudo aponta montagem em lista sobre caixa 2 em estatal

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Laudo do INC (Instituto Nacional de Criminalística), órgão da Polícia Federal, afirma haver indícios de “montagem”, “alterações” ou “implantes” na última página do documento que ficou conhecido como a lista de Furnas.

O laudo, no entanto, diz que há “convergências” entre a assinatura do ex-diretor da estatal Dimas Toledo e aquela do documento que registra beneficiários e contribuintes de um suposto caixa dois de R$ 40 milhões que teria sido arrecadado na empresa em 2002.

O laudo detectou a existência de problemas de alinhamento entre as linhas de texto e entre essas e a assinatura de Dimas. O laudo registra a possibilidade de que a assinatura do ex-diretor tenha sido transplantada de outro documento para a lista investigada.

Como a análise foi feita sobre uma cópia autenticada, não é possível chegar a uma conclusão técnica irrefutável sobre a autenticidade do documento e da assinatura de Toledo que consta do material. Além disso, ressalva a análise do INC, as distorções de alinhamento encontradas na quinta página da lista podem ser resultado do processo utilizado para a reprodução do material.

Chamou a atenção dos peritos o fato de essa quinta página ter sido impressa em tecnologia diferente da usada para reproduzir as demais. No exemplar em poder da PF, as primeiras quatro páginas foram copiadas de um suposto original que estaria nas mãos do lobista Nilton Monteiro. A quinta página foi primeiro digitalizada e depois impressa em jato de tinta.

Monteiro prometeu sucessivas vezes entregar o original à PF. Se não cumprir a promessa, sua situação pode mudar de colaborador para investigado.

A lista de Furnas é investigada pela PF no inquérito que apura irregularidades na estatal, por meio do qual haveria arrecadação de caixa dois sob a coordenação de Dimas, que nega a acusação. A suposta contabilidade paralela indica o nome de 156 políticos que teriam recebido o dinheiro ilegal.

O laudo do INC também analisou as rubricas atribuídas a Dimas que constam do documento. A conclusão é que, apesar de facilmente copiáveis por sua simplicidade de traços, também apresentam convergências que indicam ter sido colhidas do próprio punho do ex-diretor de Furnas.

Ainda assim, o laudo repete, para as rubricas, a mesma ressalva que faz para a assinatura dele: podem ter sido transplantadas. São verdadeiros os selos de cartório que indicam a autenticação da cópia investigada pela PF e o reconhecimento da firma de Dimas.


Fonte: Folha Online

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