Durante entrevista coletiva na sede do Comando Militar do Leste, na manhã desta quarta-feira, o general Hélio Chagas Macedo, chefe do Estado-Maior do CML, afirmou que as operações vão continuar para tentar localizar e prender os autores do roubo dos dez fuzis e uma pistola do Exército. Já o secretário de Segurança, Marcelo Itagiba, afirmou que as operações também terão como objetivo localizar outras armas roubadas das Forças Armadas.
O general Hélio Chagas reafirmou que não houve nenhum acordo com traficantes para a entrega das armas e ressaltou que o armamento foi encontrado através do serviço de inteligência do Exército. No entanto, o general não informou de onde partiu a denúncia que permitiu a localização das armas roubadas no último dia 3 do Estabelecimento Central de Transporte (ECT), em São Cristóvão.
“O dado foi passado pelo serviço de inteligência. O local estava distante de onde estavam concentradas as informações Não sabíamos com quem estavam essas armas, logo não poderíamos negociar com ninguém” explicou o coronel
Os militares exibiram um mapa indicando onde os fuzis roubados foram encontrados no início da noite de terça-feira na trilha de uma mata perto da favela da Rocinha, em São Conrado.
Sobre a queda dos índices de criminalidade durante as operações militares em morros e favelas do Rio, o secretário de Segurança, Marcelo Itagiba, disse que ainda é cedo para citar números oficiais desta estatística e afirmou que a Força-Tarefa será mantida para tentar identificar e prender os criminosos.
“A fase 1, de localização das armas, já foi concluída. As armas podem ter sido abandonadas porque ninguém queria ser pego com elas. Agora, realizaremos buscas complementares, para tentarmos identificar os marginais. Temos que combater o tráfico de drogas e o comércio clandestino de armas que entram no nosso estado. Vamos continuar trabalhando de forma integrada para tirar armas das mãos dos bandidos”, disse Itagiba.
De acordo com as primeiras análises, as armas encontradas ontem, à noite, numa mata próxima à Estrada das Canoas, em São Conrado, estão com a numeração raspada, o que facilitaria a circulação irregular do armamento. Agora, as armas passarão por perícia. As investigações do Exército apontam a participação de ex-militares envolvidos no roubo das armas
Na manhã desta quarta-feira, o Rio amanheceu sem as tropas do Exército nas ruas. Após recuperar 10 fuzis e uma pistola, roubados no último dia 3 do Estabelecimento Central de Transporte (ECT), em São Cristóvão, os 1.600 soldados destacados para a missão deixaram as comunidades.
Apesar disso, o Exército pode voltar às ruas a qualquer momento, seja para investigações ou mesmo para combater a violência, se houver um pedido do governo do Estado, como sugeriu o vice-presidente da República e ministro da Defesa, José Alencar.
Último Segundo