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Libanesa presa em São Paulo é encontrada com corte no pulso

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A libanesa Rana Abdel Rahim Koleilat, presa em flagrante por tentar subornar policiais no última domingo, foi encontrada nesta quarta-feira com um corte no pulso esquerdo em sua cela na 89º Delegacia de Polícia, no Morumbi, zona sul de São Paulo.

Rana foi levada para o pronto-socorro do Campo Limpo Paulista, na zona sul de São Paulo, onde recebeu tratamento e um curativo no pulso.

Ainda não se sabe como a libanesa se feriu, mas há a possibilidade de ela ter tentado suicídio. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo, o ocorrido já está sendo investigado, mas como Rana não fala português, ainda não se sabe o que pode ter acontecido.

Acusações

Acusada de ter causado a falência do banco libanês Al-Madina por meio de fraude no montante de R$ 1,2 bilhão, e suspeita de envolvimento na trama da morte do ex-primeiro-ministro do Líbano Rafic Hariri, a economista Rana Abdel Rahim Koleilat, de 39 anos, foi descoberta no Brasil por dois policiais da Delegacia Seccional de Itaquera.

Os investigadores bateram na porta de Rana e ouviram-na dizer, num português sofrível: “Cinqüenta, cem, 200 mil dólares? É só ligar para amigo.” Foi o que bastou para que a mulher acabasse presa em flagrante por tentativa de corrupção.

Rana havia fugido do Líbano há um ano. Ao ser questionada aqui sobre o assassinato de Hariri, Rana reagiu com uma gargalhada e disse que estava no Brasil a negócios. A executiva usava um passaporte britânico, em nome de Rana Klailat.

O documento mostra que ela passou por Iraque, China, Turquia e República Checa antes de chegar ao Brasil, em outubro de 2005. “A embaixada britânica nos informou que o passaporte é falso”, disse o delegado Murilo Fonseca Roque. A polícia apreendeu ainda R$ 14,5 mil no quarto de Rana.

Flat

Rana estava hospedada em um flat na Avenida Luiz Dumont Villares, em Santana, na zona norte de São Paulo, onde a encontraram. A polícia a descobriu após ter recebido uma denúncia feita por um homem com sotaque estrangeiro. Depois da prisão, o cônsul do Líbano, Joseph Sayah, foi informado. “Ele nos disse que Rana é uma pessoa muito perigosa”, disse o delegado Nicanor Nogueira Branco, titular da delegacia seccional.

Há mandado de prisão contra ela por causa da fraude bancária. Além disso, a Interpol a procurava a pedido da Comissão Internacional Independente das Nações Unidas que investiga o assassinato de Hariri, morto por um carro-bomba em Beirute, no Líbano, em fevereiro de 2005.

Ligações

Rana é suspeita de ter ligações com o chefe do serviço secreto da Síria. Na época, tropas sírias ocupavam o Líbano. Hariri se opunha à ocupação. Rana é suspeita ainda de lavar dinheiro para a Síria e para o Hezbollah.

O advogado de Rana, Victor Mauad, disse que ela é inocente das acusações no Brasil e no Líbano. E explicou a tentativa de corrupção como um mal-entendido: “Ela não fala português e os policiais não falam árabe.” Ele vai pedir o relaxamento do flagrante e requerer o direito de asilo político para Rana.



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