Cotidiano

Caminhos naturais do oeste baiano

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As formações rochosas que contornam a região oeste proporcionam não só cenários de rara beleza, mas também possibilidades para a prática de diversas modalidades de esportes radicais, boa parte deles aquática. Por isso não há espanto com a crescente chegada de ecoturistas de diversas partes do País interessados em explorar os Caminhos do Oeste.

De areia e pedras as trilhas se encontram com os rios – percursos naturais desde que o homem descobriu a navegabilidade. Esse emaranhado de estradas e canais hídricos que formam a bacia do Rio Grande potencializa a vocação para o ecoturismo. De São Desidério, município berço do Rio Grande, passando por Barreiras e Barra, onde este rio deságua no São Francisco como um dos seus maiores afluentes da margem esquerda, tem-se uma região rica em pinturas rupestres e cachoeiras. Além de escarpas e paredões (ideais para as práticas do rappel e tirolesa), dunas, trilhas e outras aventuras visuais nas visitas às grutas calcárias e à maior lagoa subterrânea do Brasil.

Barra tem cultura centenária

Na foz do Rio Grande (onde ele já está com as águas dos rios das Fêmeas, de Ondas, Janeiro, Branco e Preto, dentre outros afluentes menores), instalou-se a primeira vila de toda a região com a chegada dos primeiros navegadores portugueses, desbravando o São Francisco – o Opará (rio-mar) dos nativos.

Em Barra, a 670 km de Salvador, as belezas naturais e as lembranças históricas dividem a atenção dos turistas. Principalmente se a visita for feita no mês de junho, mais precisamente na noite de 23, véspera de São João. Em um desfile multicolorido e ritmado por músicas de guerra, três clubes (Curuzu, Humaitá e Riachuelo) disputam as melhores performances nos carros alegóricos.

Todo o desfile remonta à Guerra do Paraguai, quando filhos ilustres da terra defenderam o País nas mais importantes batalhas. A principal sensação de cada um dos clubes é a ala de fogo onde cada um dos “guerreiros” solta fogos de artifício chamados buscapés, fabricados artesanalmente na cidade. Ao soltar faíscas para o alto, formando bolas de fogo, ele se diferencia das espadas de outras cidades, pois, no final, um rojão pára no solo e faz barulho de explosão com a liberação de intensa fumaça, recriando, literalmente, um cenário de guerra.

Mas a riqueza cultural extrapola este desfile. Nas praças e logradouros, os visitantes conhecem algumas das obras de Deocleciano D’Martins Oliveira, outro filho da terra que se destacou na Justiça brasileira e como escultor. Ele deixou peças em bronze, notadamente sacras, em diversas cidades que margeiam o São Francisco.

Outro diferencial oferecido em Barra é a sutileza dos detalhes da cerâmica assinada por “Gerard” (José Geraldo Machado da Silva). Artista do barro e da madeira, ele molda peças que enfeitam as mais ricas casas da Bahia, de outros Estados e países. Além de uma gama de ofertas de artigos em crochê e produtos típicos, como doces e licores, a cidade tem ainda um artesanato em couro, com destaque para o trabalho de “Lelê” (Leda Maria da Cruz).

No centro da cidade, a arquitetura colonial revela os traços de um romantismo que ainda persiste, quando se percorrem suas ruas de paralelepípedos e observam-se suas fachadas. Para a apreciação e prática de esportes de aventura, as dunas do Velho Chico e Os Brejos também oferecem lugares de rara beleza e trajeto ideal para trilhas.

PATRIMÔNIO HISTÓRICO

A arquitetura civil de Barra guarda exemplares preciosos e que precisam ser preservados:

Mercado Municipal – Construção do século XIX.

Centro Cultural Avelino Freitas – Construção do século XX.

Prefeitura Municipal – Construção do século XX.

Antigo prédio dos Correios – Construção do século XX.

Casa e capela da Fazenda Boqueirão – Construção do século XIX.

Chalé da família Mariani – Construção também do século XIX.

Solar da família Teixeira – Construção do século XX.

Solar e museu particular da família Camandaroba – Construção do século XIX.

Casa da Fazenda Torrinha – Construção do século XIX.

Solar da família Pinto – Construção do século XX.

O QUE VER

Visitas à Catedral de São Francisco das Chagas, dentre outras igrejas centenárias, no centro histórico.

Obras de Deocleciano Oliveira (praças e logradouros do centro histórico e no cemitério antigo).

Ateliê Gerard (ceramista) – Av. Presidente Vargas, s/n, Santa Clara (informações: 74 3662 3372)

Ateliê de Lelê (arte em couros) – Alameda Plínio Mariani Guerreiro s/n, Barro Vermelho (informações: 74 3662-2382).

Associação Nossa Senhora de Fátima (crochês, lembranças, licores e doces) – Rua Sete de Setembro, s/n, ao lado Igreja de Fátima.

Passeios fluviais nos rios Grande e São Francisco (Informações: tel 73 3662- 2307).

Dunas do São Francisco (40 km de Barra).

Brejos da Barra (percurso 200 km em média)

Desfile dos Fortes Curuzu, Riachuelo e Humaitá (noite de 23 de junho no centro histórico).

SERVIÇO

Como chegar – A partir de Salvador, a viagem pode ser feita por via aérea ou rodoviária. O início dos passeios incluídos nos Caminhos do Oeste começa por Barreiras, que fica a 853 km da capital baiana. O acesso de carro ou ônibus é feito pela BR-242 (asfaltada). A cidade de Barreiras dispõe de aeroporto que recebe vôos regulares de Brasília e Salvador.

De avião: Abaeté Linhas Aéreas (tel. 3377-3955) opera vôos Salvador/Barreiras/Salvador, de 2ª a 5ª (às 8h45) e 6ª(às 13h45). Preço: R$ 1.417,97 (ida e volta), parcelado em três vezes.

De ônibus: a empresa Real Expresso (tel. 3450-9310) oferece saídas diárias de Salvador para Barreiras (16 e 19h45). Preço: R$ 147,60 (ida e volta). Duração da viagem: 12 horas. Leito: às 20h15 por R$ 358,74 (ida e volta).

Onde ficar – Hotel Canoas: casal, c/ar, R$ 50, ventilador, R$ 35. Tel. 74 3662-2193; Barra Tropical Hotel: casal ,c/ar, R$ 50, ventilador, R$ 35. Tel. 74 3662-2324; Luxor Pousada São Francisco: casal, com ar, R$ 45, ventilador, R$ 30. Tel. 74 3662-3742; Hotel São Francisco: casal (médio) R$ 20. Tel. 74 3662-3204.

Onde comer – Self Service Coisas da Barra, especialidade: comida caseira, R$ 11 (quilo). Tel. 74 3662-3204; Restaurante Canoas, especialidade: picanha na brasa e bolinhos de peixe. Preço: R$ 20. Tel. 74 3662-3116; Restaurante São Francisco, especialidade: bode na chapa. Preço: R$ 10. Tel. 74 3662-2731; Pizzaria Millênius: pizzas/média R$ 10. Tel. 74 3662-2845; Restaurante Ki Delícia, especialidade: galinha com pirão de mulher parida. Prato: R$ 10. Tel.74 3662-3673.

Informações turísticas – Centro da Barra, Rua dos Mariani s/n, centro (antiga usina); Centro Cultural Avelino Freitas, Rua Dom Pedro II, s/n, centro (tel. 74 3662-3985); Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Meio Ambiente e Turismo (tel. 74 3662-2307). Site: www.barra.ba.gov.br

Fonte: A Tarde – BA

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