Homem abre fogo dentro da Suprema Corte da Espanha

Um homem armado com uma pistola invadiu na manhã desta sexta (17) as dependências do Tribunal Supremo da Espanha, em Madri, e efetuou vários disparos. Conforme informações do jornal El Pais, os agentes de segurança conseguiram dominar o invasor antes que ele ferisse alguém. A rádio Cadena SER informou que ele seria um vigilante e teria antecedentes criminais. Ele declarou à polícia que pretendia seqüestrar um magistrado e levá-lo ao Congresso para que ele falasse aos deputados sobre o terrorismo.

Quando entrou no edifício, um porteiro alertou que ele estava armado. Detido no posto de segurança, o invasor disse que estava lá para ver o presidente do tribunal, Francisco José Hernando. Quando o detector de metais revelou a existência de uma pistola dentro da sacola que carregava, o homem sacou uma outra arma que trazia consigo e efetuou os disparos antes que fosse rendido pela segurança.

Ele ficou detido por cerca de meia hora em uma sala da mais alta corte do país. Por volta das 12h45 (8h45 em Brasília), ao ser retirado do prédio com um capuz cobrindo sua cabeça, gritou palavras de ordem como “Gora Euskadi” (avante País Basco, em português).

Hernando, que também é o presidente do Conselho Geral do Poder Judicial (CGPJ), se encontrava no prédio do Tribunal no momento do ataque. Ao saber dos tiros, entrou em contato com os Ministérios do Interior e da Justiça.

O presidente do Supremo disse que a segurança no órgão que preside funcionou perfeitamente. Hernando comemorou que “o incidente tenha sido resolvido sem tragédias pessoais”.

A polícia considera que o agressor é uma pessoa que padece de um trastorno mental, alegação baseada no fato de que o indivíduo usava caneleiras e um protetor bucal de boxe. Ele foi demitido há cerca de três dias do Grupo Segurservi, conforme afirmou um porta-voz da empresa. Ele estava em período de testes, e acabou sendo dispensado por causa dos conflitos que provocou em seu posto de trabalho. Segundo fontes policiais, o homem trabalhava em uma comunidade de vizinhos, e os enfrentamentos com os residentes foram constantes desde que começou a trabalhar lá, três meses atrás.


Redação Terra