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Jornal The Guardian pede a saída de Blair

O jornal The Guardian pede, em editorial na edição desta segunda-feira, que o primeiro-ministro britânico, Tony Blair, abandone o poder

O jornal The Guardian pede, em editorial na edição desta segunda-feira, que o primeiro-ministro britânico, Tony Blair, abandone o poder no verão (hemisfério norte), depois de um pedido no mesmo sentido da revista The Economist, na sexta-feira, e do jornal Independent, no sábado.

“O premier deve sair este ano”, afirma o editorial do Guardian, que tem o título “Nove anos, já é suficiente”. “Blair corre o risco de transformar-se em um líder sem outro objetivo que permanecer no poder: suscetível a acidentes e chamando problemas. Quanto mais esperar, mais problemas terá, e seu partido, o país e sua reputação sofrerão”, afirma o jornal.

A popularidade de Blair – afetada pela guerra no Iraque e por um escândalo nas finanças do Partido Trabalhista – está no menor nível dos últimos 12 anos, segundo uma pesquisa publicada no domingo pelo Sunday Times.

O Guardian destaca que o provável sucessor de Blair no cargo de premier, o ministro das Finanças Gordon Brown, parece ter a paciência de esperar.< “Porém, em pouco tempo, Blair perderá a liberdade de decidir o momento que deve sair”, opina o Guardian.

“O primeiro-ministro deve sair este ano, de preferência antes do final de setembro, quando Brown ocupará seu lugar”, conclui o jornal, que cita os escândalos e polêmicas que cercaram o líder trabalhista nos últimos meses, incluindo o mais recente, que envolve a relação entre dinheiro e poder dentro de seu partido.

Na sexta-feira passada, o Partido Trabalhista reconheceu ter recebido 14 milhões de libras esterlinas em empréstimos não declarados de poderosos doadores.

Os empréstimos foram mantidos em sigilo até que a imprensa descobriu que três milionários propostos por Blair para uma vaga na Câmara dos Lordes (Câmara Alta do Parlamento, sem eleição) fizeram altas doações aos trabalhistas nas vésperas das eleições de 2005.

A notícia provocou acusações de que Blair negociou doações ao partido em troca de títulos de nobreza. O jornal também cita o escândalo que afetou a ministra britânica da Cultura, Tessa Jowell, cujo marido é acusado em um caso de corrupção que envolve o primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi.

O Guardian lembra ainda que na semana passada, Blair precisou do apoio dos conservadores para conseguir a aprovação no Parlamento de uma polêmica lei de educação, que provocou revolta na bancada trabalhista.

A inegável perda de influência de Tony Blair, cada vez mais criticado pelos próprios trabalhistas, levou a revista The Economist a pedir na sexta-feira passada a saída do premier do governo. A publicação considera que será cada vez mais difícil para o chefe de governo levar adiante seu programa de reformas.

AFP

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