O ex-líder do PMDB na Câmara Federal, deputado paraibano Wilson Santiago, disse na manhã desta segunda-feira que o resultado da consulta nacional do partido apontando o ex-governador Anthony Garotinho como candidato à presidência da República não reflete a vontade da legenda. Segundo ele, Garotinho teve três mil votos a menos do que o governador Germano Rigotto, do Rio Grande do Sul, mas acabou vencendo ao final por causa do chamado “Voto Ponderado”, que leva em consideração o número de votos que o PMDB teve nos estados para Câmara Federal.
“Assim, os votos do Sul e Sudeste valem muito mais do que no Nordeste”, declarou Santiago. Derrubado da liderança do PMDB na semana passada, por apoiar reunião que discutiria adiamento das prévias, Santiago anunciou disse que o partido só decidirá seu destino numa convenção nacional, prevista para abril ou junho. Na pauta, três possibilidades: aliança com PT, candidato próprio ou liberação total para alianças nos estados em nome das eleições regionais.
“Tudo vai depender da quebra da verticalização, por isso eu defendo que o PMDB aguarde os desdobramentos deste assunto para só então se poscionar”, declarou o deputado. Integrante da ala mais governista do PMDB ( a que defende apoio a Lula), Santiago acha que o PMDB deveria priorizar a eleição de pelo menos 17 governadores nos estados, de 25 senadores e cem deputados federais. “Não adianta disputar a presidência para ficar com 3% dos votos. É suicídio”, declarou. Ele reafirmou que possui a maioria dos votos para convocar reunião da bancada do PMDB ainda esta semana com intuito de discutir seu retorno à liderança do partido na Câmara”, destacou.
da redação
