Política

Alckmin cobra decisão rápida de Serra

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Geraldo Alckmin está decidido a colocar todo o peso político-administrativo de seu grupo em prol da candidatura de José Serra ao Palácio dos Bandeirantes, mas, a exemplo do que fez na disputa pela vaga de presidenciável tucano, o governador pede pressa ao prefeito na tomada de decisões.

Caso Serra prefira não concorrer, Alckmin vai defender prévia para a escolha do candidato do PSDB. Segundo seus aliados, o governador não aceitará uma indicação de José Serra.

“Não existe esse negócio de quem perdeu a disputa presidencial indicar o nome para a chapa do governo”, diz um deles.

Para cobrar pressa do prefeito, Alckmin tem argumentado que somente assim haverá tempo para cicatrizar eventuais feridas no PSDB paulista e evitar nova demonstração de desunião, como a que ocorreu durante o longo embate presidencial.

Como, à exceção de Serra, os nomes colocados até agora derrapam nas pesquisas, Alckmin avalia que a prévia é a única maneira de legitimar uma decisão.

O governador também acha que apenas a candidatura Serra poderia arrastar o PFL em São Paulo e no âmbito nacional, pois a prefeitura ficaria com Gilberto Kassab (PFL) e a possibilidade de vitória em outubro seria grande.

“Caso contrário, os pefelistas deverão lançar candidato ao governo paulista e deixar Alckmin com o pé em dois palanques”, diz um de seus colaboradores.

Dos cinco pré-candidatos declarados ao governo, o vereador José Aníbal é o único a afirmar que não abrirá mão de seu direito de disputar prévia em favor do prefeito, que lidera a corrida.

O ex-ministro Paulo Renato Souza, outro pré-candidato, já afirmou publicamente que sai da disputa se Serra entrar. Alberto Goldman e Aloysio Nunes são do grupo do prefeito e não deverão criar problemas. Por fim, Emanuel Fernandes é secretário da Habitação de Alckmin e fará o que o governador determinar.

Segundo um deputado que conversou com o governador no final de semana, ele aceita a hipótese de Serra defender e apoiar um dos nomes já colocados, mas não de simplesmente indicá-lo.

“Não há clima nem condições para isso”, teria dito Alckmin.

Aliados do prefeito, no entanto, ponderam que, caso ele tome a decisão no último dia do prazo para se desincompatibilizar da prefeitura, a vaga será dele.

No entorno do prefeito, muitos já o aconselham a ir para a disputa e trabalham dentro do partido para criar as condições de lançamento da candidatura.

No grupo de Alckmin, alguns correligionários temem que, uma vez fora da prefeitura, Serra ainda possa manter acesa a chama de concorrer ao Planalto. Mas a hipótese perdeu força com a divulgação da pesquisa Datafolha para presidente, na qual o tucano subiu seis pontos.


Fonte: Folha Online

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