Política

Entidade de gays e lésbicas faz conferência para pressionar ONU

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Uma associação de gays e lésbicas disse na segunda-feira (20) que vai tentar pressionar a Organização das Nações Unidas (ONU) pelo reconhecimento pleno de seus direitos humanos numa conferência a ser realizada na semana que vem em Genebra.

A Associação Internacional de Gays e Lésbicas (Ilga), com sede em Bruxelas, disse que participarão da conferência enviados de todos os continentes, incluindo países onde o homossexualismo é proibido. A conferência é realizada a cada dois anos.

“Por quanto tempo os direitos de lésbicas e gays serão ignorados pela ONU? Esta é uma das principais questões que vamos discutir”, disse um porta-voz da entidade, Stephen Barris. “Vamos discutir como podemos pelo menos conseguir uma voz oficial”.

A conferência vai coincidir com a sessão da Comissão de Direitos Humanos da ONU. No ano passado, o Brasil propôs uma resolução sobre os direitos homossexuais, mas, apesar do apoio de mais de 40 países, o texto foi rejeitado.

A abertura da sessão anual da comissão, que normalmente dura seis semanas, já foi adiada duas vezes, e os diplomatas dizem que a reunião pode durar apenas alguns dias. A Comissão de Direitos Humanos será substituída este ano por um novo Conselho de Direitos Humanos.

A proposta brasileira de 2005, que incluía formalmente a liberdade de orientação sexual entre os direitos humanos estabelecidos pela comissão há 50 anos, foi duramente condenada por países muçulmanos e africanos.

A Ilga, fundada em 1978 e que reúne 500 grupos, em dezenas de países, diz que os problemas enfrentados por gays e lésbicas em países africanos e islâmicos serão prioridade nas discussões da conferência da semana que vem. Haverá delegados de ambas as regiões.

Será realizada uma sessão especial para ativistas e organizações que “quiserem se organizar de forma corajosa no mundo islâmico”, afirmou a Ilga. Mas ela também indicou que evitará confrontos diretos. “A Ilga está consciente do aumento da islamofobia no Ocidente e sempre se diferenciou dos ativistas que não tinham sensibilidade nessa questão”, afirmou uma declaração da entidade.

A África, afirmou a Ilga, será assunto central na conferência, com enfoque especial para a Nigéria — onde os gays e lésbicas são condenados tanto no norte muçulmano quanto no sul cristão.

Também haverá representantes da Organização Mundial da Saúde, para discutir a prevenção da Aids, e de entidades trabalhistas globais, para debates sobre a discriminação contra gays e lésbicas no local de trabalho.


Reuters

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