A Bienal Internacional do Livro fechou suas portas no domingo à noite com números favoráveis. Segundo a organização, cerca de 811 mil pessoas visitaram a feira, ultrapassando ligeiramente as expectativas (800 mil eram esperadas). Também algumas editoras anunciaram aumento nas vendas, tanto em relação à bienal do Rio do ano passado como a paulistana de 2004. Uma das explicações para o bom rendimento foi a presença maciça do público infanto-juvenil.
Apesar de normalmente mais seduzidos pela tecnologia, que lhes oferece ferramentas como blogs, os jovens aparentemente redescobriram o livro. “Elas não largam da internet, é claro, mas gostam de poder carregar o livro debaixo do braço”, observou a escritora Thalita Rebouças, que autografou, durante os 11 dias da bienal, seus livros Fala Sério, Mãe! e o mais recente Fala Sério, Professor!, que vendeu 4 mil exemplares em quatro dias.
Também na Record, os mais vendidos exibiam conteúdo infanto-juvenil, como a série de Meg Cabot e suas aventuras envolvendo princesas. A editora, aliás, foi uma das que registraram aumento em seu fluxo de caixa, especialmente no fim de semana – se até o sábado vendia uma média de 17 mil exemplares por dia, naquele dia, o estande ultrapassou a marca de 40 mil. Já a editora Senac, apesar do objetivo de participar institucionalmente, apresentou um crescimento nas vendas de 42,5% em relação ao ano de passado, na Bienal do Rio, e de 37,3% em relação à última edição em São Paulo.
A ausência de vedetes internacionais foi perfeitamente compensada por escritores brasileiros. No sábado, o Salão de Idéias reuniu de improviso as grandes damas da literatura, Nélida Piñon e Lygia Fagundes Telles, que se reencontraram na noite de domingo. “O importante é não ter medo de inovar”, disse Nélida a uma platéia deleitada. A preparação agora é para a feira carioca que, segundo comentários, também deverá ser em outra data, provavelmente em setembro de 2007.
Agência Estado
Público jovem garante recordes na Bienal do Livro
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