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[EXCLUSIVO]Polícia já tem provas de que “lista da morte” não existe e

Investigações dão conta de que assassinatos têm causas diferentes

A cúpula da Segurança do Estado afirmou ontem que “lista da morte” é uma mentira com fins políticos e vai deflagrar uma mega operação em Mangabeira, ainda essa semana. Segundo o secretário de Segurança, Harrison Targino, as informações colhidas pela polícia durante as investigações, descartam a possibilidade de haver execuções em série.

Analisando os casos registrados, os comandantes do policiamento da área, junto com os delegados, constataram que houve motivações distintas para os assassinatos, o que fortalece a tese de que os autores dos crimes sejam pessoas diferentes. Isso confronta com a versão da “lista da morte”, que atribui os nove assassinatos registrados no bairro, nos últimos dois meses, à encomenda da morte de 30 pessoas, feitas por facções criminosas do bairro.

Essa versão diz que estaria circulando pelas ruas de Mangabeira, uma lista com nomes de 30 pessoas “condenadas” a morrerem e que presidiários do Sílvio Porto seriam os autores da tal lista. No entanto, a polícia já identificou motivações para a maior parte dos casos, que divergem completamente da tese de mortes por encomenda. O exemplo disso está nos últimos três casos registrados.

Na madrugada do último sábado, foi assassinado a tiros o ex-presidiário Aldemir dos Santos Sousa, 28 anos, quando saía de casa para o trabalho. Ele foi atacado homens desconhecidos, que efetuaram vários disparos. O fato foi registrado na 9ª Delegacia Distrital, que passou a investigar o caso imediatamente. As informações colhidas foram de que Aldemir estava jurado de morte desde o tempo em que estava no presídio. Saiu da cadeia, mas os inimigos não esqueceram a promessa.

Na noite da quinta-feira anterior, outros dois homicídios foram registrados. Por volta das 22 horas, um adolescente de 15 anos foi morto a tiros, no conjunto Cidade Verde. Abraão Queiroz de Medeiros foi abordado por dois homens que estavam em bicicletas, diferente dos que mataram o presidiário, e não de moto como fiz a versão da “lista da morte”. Segundo a polícia, esse adolescente tinha se envolvido em agressões durante o Bloco da Ressaca, realizado no início do mês, quando foi jurado de morte.

Já ma madrugada da sexta-feira, dois jovens foram abordados na Praça Cristo Rei, que fica na Josefa Taveira, por homens que se aproximaram “de carro”. Eles abriram fogo contra os jovens e mataram Bruno Henrique Alves, de 25 anos. Dois colegas da vítima foram baleados no braço e outro na perna. As investigações revelaram que Bruno tinha sido testemunha de um crime e teria delatado o criminoso, que foi preso e levado para o presídio. Conseguindo a liberdade provisória, esse suspeito veio matar a testemunha.

O coronel Washington França, comandante do 5º Batalhão da PM, destaca que esses três casos revelam características completamente dist intas uns dos outros, o que nega a tese de que um “grupo de extermínio” estaria executando as pessoas da “lista da morte”. Ele lembrou ainda o primeiro caso da série, que aconteceu antes do carnaval. Na ocasião um adolescente estava em uma pizzaria quando por ela passava um bloco da prévia carnavalesca do bairro.

No meio do bloco, um grupo de jovens começou a brigar, até que um deles efetuou um disparo, acertando o adolescente, que teve morte imediata. Na mesma semana, os autores do crime foram presos. Para o coronel Washington, se esse fosse o primeiro de uma série de execuções, os crimes posteriores não teriam acontecido, já que os acusados estavam presos.

Reunião com a comunidade

Na noite de hoje, o comandante do 5º BPM, Washington França e superintendente da 1ª Região da Polícia Civil, Manoel Neto Magalhães, estarão reunidos com uma comissão de moradores e líderes comunitários do bairro de Mangabeira. O objetivo da reunião é colher informações dos moradores, que poderão ajudar na operação que será deflagrada essa semana no bairro.

Segundo Washington, alguns moradores têm procurado o 5º BPM para dar informações sobre suspeitos de envolvimento nos crimes. Por outro lado, ele disse que a maior parte dos moradores também não crêem na existência dessa lista e estão dispostos a ajudar a polícia nas investigações.

A operação

Segundo o secretário Harrison Targino, um grande efetivo de policiais está sendo mobilizado para uma operação que deve durar alguns dias em Mangabeira. Ele não quis revelar detalhes da operação, alegando que há um trabalho prévio de investigação e que é necessário que haja o fato surpresa para o sucesso da ação.

Apesar disso, Harrison adiantou qu e todos os grupos especiais das duas polícias, a exemplo do GOE, Gate e Choque, estarão envolvidos na ação. Além de um trabalho preventivo, os policiais irão investir em ações específicas, baseada em informes levantados pela Diretoria de Inteligência da Secretaria.

Redação Click PB

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