APLP ameaça: “Sem negociação iniciamos greve em abril”

Conforme antecipado pela reportagem do ClickPB no último sábado (18), os professores da rede estadual de ensino da Paraíba cumpriram o prometido e deram início à paralisação de advertência de 72 horas nesta quarta-feira (22). Professores e funcionários deverão aderir à greve por tempo indeterminado a partir do dia 3 de abril “caso o governo não entre em acordo com a categoria”.

O diretor da Associação dos Professores de Licenciatura da Paraíba (APLP), Fernando Lira justificou a continuação do movimento explicando que um professor de ensino primário do Estado ganha em média R$ 400, de ensino médio R$ 600 e superior R$ 2 mil. “Excluindo os profissionais de ensino superior que são um pouco mais beneficiados, isso não é salário que se pague para alguém que passa a vida inteira se qualificando”. Fernando revela ainda que a classe está indignada depois que tomou conhecimento do aumento de 20% concedido aos profissionais da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB). Somos a categoria mais mal paga do Poder Executivo, que é o responsável pela arrecadação de impostos. Por isso a proposta de 20% de reajuste está mantida.”

Na última terça-feira (21) no Palácio da Redenção, o governador Cássio Cunha Lima lamentou “a postura política típica em época de eleição, sustentada por alguns setores da educação estadual, que recusam a proposta viável de 5% de reajuste e insistem em optar pela paralisação.”

Além da paralisação de advertência de 72 horas, integram o calendário de mobilização da categoria, Assembléia Regional na sexta-feira (24), às 15h na Sede do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Paraíba (Sintep), localizado no Centro de João Pessoa, que reunirá os profissionais da 1ª Região de Ensino da Grande João Pessoa. E no próximo dia 31, Assembléia Geral para discutir os rumos do movimento em todo o Estado.


Lívia Falcão
ClickPB