Morreu às 23:30hs de ontem, (22), aos 92 anos, o ex-presidente do
Tribunal de Justiça da Paraíba, desembargador aposentado Emílio de Farias. O magistrado foi presidente da Corte no biênio 1966 – 1968. Ele faleceu de insuficiência pulmonar aguda. Seu corpo está sendo velado no Salão Nobre do TJ até às 13h, em seguida será levado para o Tribunal do Júri de Campina Grande. O sepultamento está previsto para às 17h, no Cemitério Monte Santo.
O desembargador João Antônio de Moura, presidente do TJ, decretou luto
oficial no Poder Judiciário durante três dias. A toga em que Emílio Farias tomou posse como desembargador, em 1959, serviu como a sua última vestimenta. “Ele era um homem que viveu e morreu dentro da
Justiça. Tenho certeza que ele queria ser vestido com sua eterna toga”,
comentou seu neto, o advogado Bruno Farias de Paiva. Emílio de Farias era sogro do desembargador Antônio Carlos Coelho da Franca, atual presidente da Câmara Criminal do Tribunal de Justiça.
O desembargador João Moura considerou o desaparecimento do desembargador aposentado Emílio de Farias uma perda irreparável no meio jurídico. “Era um grande jurista de renome nacional. Figura humana acima dos padrões normais”, disse o presidente.
Já o desembargador Antônio Carlos Coelho da Franca, presidente da Câmara Criminal e genro do desembargador falecido, disse lamentou o a morte dodesembargador e observou que ele foi uma referência em sua carreira de magistrado. O TJ já tinha perdido um grande desembargador com a sua aposentadoria, e agora, o perde definitivamente”, enfatizou.
Natural de Palmares (PE), Emílio de Farias foi cassado pelo Ato
Inconstitucional n. 5 (AI-5) durante o regime militar. Segundo uma de suas
netas, Ana Karla Farias, “ele era apaixonado por Campina Grande.” O
desembargador Emílio de Farias deixa viúva a senhora, Ivete do Amaral
Farias, cinco filhos, 15 netos e 14 bisnetos.
da redação com assessoria
