Sindipeças prevê queda no índice de nacionalização provocada pela apreciação do real.O índice de nacionalização dos automóveis, que em 2005 girava em torno de 80% para os carros compactos – chegando até 90% para os modelos das marcas Volkswagen, General Motors, Fiat e Ford – e 60% para os modelos médios das marcas Citroën, Peugeot, Renault, Toyota e Honda, podem reduzir se o ritmo de importação de componentes por parte das montadoras e sistemistas continuar crescendo o longo deste ano, por causa das vantagens do dólar baixo frente ao real.
`Além dos componentes eletrônicos, os automóveis passarão a ter mais peças compradas no exterior`, disse Paulo Butori, presidente do Sindipeças (sindicato que representa as autopeças).
Entre os mercados que destacam no ranking das importações de autopeças estão a China, República Tcheca e Coréia do Sul.
Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), as compras da China cresceram 55,38% em janeiro e fevereiro deste ano em comparação a igual período de 2005.
De US$ 19,375 milhões a quantia subiu para US$ 30,105 milhões. Da República Tcheca o aumento foi de 59,68%, de US$ 12,592 milhões para US$ 20,107 milhões, e da Coréia do Sul a alta foi de 71,31%, de US$ 3,769 milhões para US$ 6,457 milhões no acumulado deste ano.
Saldo positivo
`Nos primeiros dois meses do ano a situação do setor de autopeças continua igual a 2005, pois ainda estamos com superávit`, disse Butori. Com exportações de US$ 1,170 bilhão e importação de US$ 998,681 milhões, o saldo comercial do setor em janeiro e fevereiro de 2006 foi de US$ 171,955 milhões, segundo MDIC.
Exportações
Dos US$ 1,170 bilhão exportado pelo setor de autopeças nos dois primeiros meses deste ano, 41,70% foram absorvidos pela América do Norte, 28,22% pela América do Sul e 20,28% pela Europa.
`Se as importações de peças forem feitas dimensuradamente e sem controle, as empresas de nível dois e três – que são a base dos fornecedores – podem desaparecer do mercado brasileiro`, observou o presidente do Sindipeças.
Relação de parceria
`Há um ano e meio atrás, quando foi constatado que o setor de autopeças não tinha capacidade os presidentes das montadoras pediram que os sistemistas reduzissem as exportações para atender o mercado interno e, agora pedem para que essas empresas importem mais componentes, isso não é uma relação de parceiros`, criticou Butori.[1]
`É preciso tratar os fornecedores como parceiros, como fazem as montadoras Honda, Toyota, BMW e DaimlerChrylser que estão no topo do mercado`, completou.
Fonte: Portal Nacional de Seguros
Carros podem ter mais itens importados
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