Paraíba

Deus nos acuda: Prefeitura penhora igreja Santa Júlia e padre sugere “

“Não iremos deixar a igreja nas mãos da prefeitura”, desabafou padre Virgílio

Um fato pela primeira vez visto aconteceu no início da tarde desta quinta-feira (23). Um oficial de justiça procurou o pároco da Igreja Santa Júlia, padre Virgílio Almeida, na Torre, e encaminhou a penhora de toda a estrutura física da igreja.

Tal fato aconteceu graças ao não pagamento por parte da igreja da taxa de lixo no ano de 2002, junto à prefeitura de João Pessoa, o pároco da Igreja não soube precisar o valor da dívida. “A constituição nos concede imunidade fiscal para as entidades com fins religiosos”, relatou.

Segundo Virgílio surgem duas discussões sobre a penhora, uma quanto à natureza, pois segundo ele a taxa de lixo não é imposto e outra relativa ao valor do lixo: “Eles cobram pelo tamanho da área e não cobram pelo lixo produzido. Nós nem temos balde de lixo, o nosso único lixo é O Domingo (jornal da paróquia)”.

Padre Virgílio que está a frente da paróquia há seis anos disse ao ClickPB, que foi pego de surpresa. “É a primeira vez que vejo uma coisa dessas, penhorar uma igreja”, desabafou.

O religioso chamou atenção para a rediscussão da natureza da taxa do lixo, pois esta é apenas a ponta de um iceberg. “Eu lamento chegar a penhora de uma igreja, esta é uma questão de todas as igrejas e instituições religiosas e das instituições filantrópicas. Outras igrejas serão atingidas”,

Cotinha-Padre Virgílio disse que irá imediatamente passar uma coleta na Santa Júlia especialmente para pagar as taxas. “Temos discordado, pois ela tem discrancias em torno do valor e da quantidade do lixo, não pode se medir apenas pela área, a comunidade terá que nos ajudar” frisou.

Estranheza – “Eu fico estranhando porque sempre a igreja Santa Júlia é a primeira, parece que há uma marcação, todos olham para a galinha como se ali houvesse uma galinha dos ovos de ouro, como se não tivesse uma comunidade para se manter. Não iremos deixar a igreja nas mãos da prefeitura”, declarou o padre Virgílio.

Como solução para o impasse, padre Virgílio disse que é necessário que exista um diálogo. “Nós questionamos na justiça, todos os anos somos cobrados, por questão de cidadania iremos cumprir o que a justiça exigir. O Povo da Santa Júlia terá que nos ajudar na coleta para não deixarmos a igreja. Eles avaliaram a igreja em 900 mil reais. Nossa igreja não tem valor”, criticou.

O assessor jurídico da arquidiocese, Marcelo Paulino, declarou ao ClickPB, que irá apresentar a defesa junto à justiça, através de embargos questionando a natureza dos impostos. “Realizaremos tudo o que for possível para tentar recorrer. Nos surpreendemos com a penhora do próprio templo”, relatou.

Redação Clickpb

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