Política

Força regional inibe candidatura do PMDB

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O PMDB é o partido com mais nomes próprios para disputar governos estaduais em outubro. Levantamento preliminar realizado pela Folha mostra que a sigla dispõe de pré-candidatos em pelo menos 20 Estados. Hoje, os peemedebistas já comandam oito Estados e o Distrito Federal.

A manutenção da verticalização e o alto número de candidatos em condições de entrar para valer nas disputas estaduais devem levar o PMDB a pressionar pelo não-lançamento de um nome próprio à Presidência.

Em Mato Grosso do Sul, o candidato favorito ao governo local é André Puccinelli. Seu desejo é se coligar ao PSDB, lançando a tucana Marisa Serrano ao Senado. Ocorre que o PSDB terá candidato a presidente: se o PMDB também estiver na eleição presidencial, a aliança no Estado ficará inviabilizada. Esse é um exemplo que se multiplica pelo país.

Por ser o partido com mais nomes para as disputas estaduais, alianças locais com PMDB interessam ao PSDB e ao PT. Pelo levantamento da Folha, petistas e tucanos podem ter até 16 e 18 candidatos próprios a governos estaduais em outubro, respectivamente. Esse é apenas o número da largada, que tende a ser desidratado na hora de formar as alianças.

Apesar disso, o presidenciável do PMDB, Anthony Garotinho, insiste que a candidatura própria é a melhor opção para o partido. Ele disse ontem que conversou com peemedebistas de todos os Estados e saiu convencido de que “não há outra alternativa: o PMDB tem que ter candidato”.

A maior preocupação das cúpulas do PT e do PSDB é montar palanques sólidos em Estados com grandes eleitorados para que seus candidatos a presidente tenham a quem falar nas viagens pelo país. A prioridade é o chamado “triângulo das Bermudas” da política, formado por São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, que juntos têm mais de 50 milhões de votantes, cerca de 42% do total do país.

Os tucanos acham que estão quase resolvidos no “triângulo”. Aécio Neves (MG) é candidato à reeleição, e o cenário empurra José Serra (SP) à candidatura. No Rio, as discussões estão em aberto.

O PT não vai tão bem no “triângulo”. Não tem candidato favorito em nenhum dos três Estados. Por essa razão, os petistas devem procurar o PMDB com mais vigor para tentar estruturar palanques mais sólidos no Sudeste.

No Nordeste, a âncora mais desejada é formada pela trinca Bahia, Pernambuco e Ceará –quase 17% do eleitorado do país.

O PFL domina a Bahia (Paulo Souto é candidato à reeleição). Em Pernambuco, o vice-governador Mendonça Filho é um dos favoritos, em possível aliança com o PMDB, que lançaria o atual governador, Jarbas Vasconcelos, ao Senado –se os peemedebistas desistirem de disputar o Planalto.

No Ceará, o quadro está aberto. O PSDB é governo, mas tem sofrido pressão para trocar o atual governador, Lúcio Alcântara.

Embora esteja distribuído por todo o país, a grande trincheira do PMDB desde 2002 passou a ser a região Sul. São todos peemedebistas os governadores do Paraná (Roberto Requião), Santa Catarina (Luiz Henrique) e Rio Grande do Sul (Germano Rigotto).

O cenário mais provável é que os três sejam candidatos à reeleição. A dúvida maior é Rigotto, que saiu desgastado pela derrota na sua empreitada de se tornar o candidato do PMDB a presidente.


Fonte: Folha Online

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