Política

Plataformas eleitorais de Lula e Alckmin ainda são incógnita, diz jorn

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As eleições presidenciais de outubro no Brasil parecem se encaminhar para uma disputa ácida polarizada entre dois candidatos, mas as plataformas eleitorais dos dois ainda são uma grande incógnita, segundo reportagem publicada nesta sexta-feira pelo jornal britânico “Financial Times”.

Para o jornal, esta é “uma situação bizarra para dois candidatos com posições à primeira vista tão claramente definidas”.

A reportagem comenta sobre as origens de esquerda do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a imagem do governador Geraldo Alckmin como defensor do livre mercado e da ortodoxia econômica, numa posição mais à direita.

Para o jornal, essas diferenças se perderam por dois fatores: a virada de Lula após assumir a Presidência, mantendo as políticas econômicas de Fernando Henrique Cardoso, e o escândalo de corrupção que atingiu o governo e o PT.

Com a recuperação da popularidade de Lula atribuída à queda do desemprego e o aumento da renda, o jornal avalia que “ambos os candidatos estão prontos a responder a pedidos para a redução das taxas de juros e um crescimento mais rápido, mostrando ao mesmo tempo comprometimento para preservar a estabilidade econômica que melhorou a renda”.

A reportagem conclui com a observação de que o escândalo de corrupção ganhou novo fôlego nesta semana com as acusações contra o ministro da Fazenda, Antonio Palocci. “A oposição está agora atrás de sua cabeça e o governo está na defensiva. Nenhum dos dois lados parece ter muito tempo para formular políticas”, diz o texto.

Crise e reeleição

O reaquecimento da crise política no Brasil com as acusações contra Palocci também são destacadas nesta sexta-feira pelo diário argentino “Clarín”, que observa que elas poderão prejudicar a campanha eleitoral do presidente Lula.

Segundo a correspondente do jornal em São Paulo, a sobrevivência de Palocci no ministério de Lula “parece ter chegado ao seu fim”. “Alguns afirmam que tem os dias contados, outros dizem que sua saída é ‘questão de horas'”, diz a reportagem.

O jornal observa que as acusações até agora não têm tido um efeito no mercado financeiro, mas pode ter um impacto negativo no projeto de reeleição de Lula.

“Se seu amigo e companheiro desde os princípios do Partido dos Trabalhadores deixar Brasília, perderá a imunidade que tem por seu status de ministro”, diz o “Clarín”.

“Depois disso, poderá ser convocado para depor mil e uma vezes pelo Ministério Público de São Paulo, aliado incondicional do governador Geraldo Alckmin, que é nada mais nada menos que o adversário número um do presidente brasileiro nas eleições presidenciais de outubro”, afirma o jornal.


Fonte: Folha Online

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