SÃO PAULO (Reuters) – O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, aproveitou sua primeira aparição pública em mais de uma semana para isolar a economia do que ele classificou de “um clima de pesado conflito político” que começa a se desenhar para as eleições deste ano.
Em um discurso na Câmara Americana de Comércio, em São Paulo nesta sexta-feira, Palocci ressaltou que a economia brasileira está preparada para enfrentar essas turbulências e que a política econômica tem o respaldo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo o ministro, a equipe do ministério e o presidente da República estão vigilantes ao processo econômico.
“Acima de nós estão as instituições, está o Brasil”, disse Palocci, acrescentando que “a economia começa a voar em céu de brigadeiro e o ministro da Fazenda está mais para o lado do inferno”.
O ministro está sob fogo cruzado desde que o caseiro Francenildo dos Santos Costa afirmou que Palocci frequentava uma mansão em Brasília, onde supostamente seriam realizadas festas com garotas de programas e distribuição de dinheiro arrecadado ilicitamente.
“Nesse período de crise, houve erros de todos os lados. O governo cometeu erros, meu partido cometeu erros, eu certamente cometi erros e todos nós temos que pagar pelos erros que cometemos, mas não se pode tranformar o debate político em uma crise sem fim” disse.
Segundo o ministro, quando a crítica é “desenfreada, com agressóes à vida pessoal”, ele se afasta.
“É a atitude que eu tomo. Não sei se é certo ou errado, o que eu sei é que não vou envolver o Ministério da Fazenda e as instituições em que sou responsável em uma situação como essa”.
Desde a terça-feira da semana passada o ministro não despacha na sede do ministério e tem evitado a imprensa.
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Palocci faz dura crítica a “clima de conflito político”
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