“O governador Cássio Cunha Lima deu mais um passo acertado ao descartar qualquer possibilidade de abertura do capital da Cagepa para o capital externo”. Com essa declaração, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Purificação e Distribuição de Água e em Serviços de Esgotos do Estado da Paraíba (STIPDASE), Netovitch Maia, aplaudiu a decisão de Cássio, que terminou por acabar com os rumores de privatização da empresa.
Netovitch disse ter recebido a notícia do governador com muita satisfação e lembrou que, um dia antes do anúncio, ele teve uma reunião com o presidente da Cagepa, Edvan Pereira Leite, que prometeu levar a Cássio as reivindicações. “Isso foi feito e nosso pleito atendido”, disse o sindicalista, lembrando que conta com o apoio da estatal e do governador para outra luta da categoria, que é contra a ameaça da municipalização do saneamento.
“Estamos fazendo um trabalho de conscientização nas maiores cidades do Estado, chamando a atenção dos gestores para os riscos da municipalização”, disse Netovitch, que já tem agendada para a próxima segunda-feira uma panfletagem na cidade de Sousa. “Sabemos que a municipalização, lá, está levando o caos para os serviços e queremos ouvir a população”, disse.
O sindicalista disse, inclusive, que tentará conversar com o prefeito de Sousa, Salomão Gadelha, sobre a problemática da municipalização. “O município não tem condições de assumir o sistema e o resultado disso tem sido reparos mal-feitos na rede de distribuição de água e obstrução dos esgotos. A população é quem está sendo prejudicada e isso é ruim também para a imagem do gestor”, disse.
Netovitch lembrou que a Cagepa utiliza o subsídio cruzado, com as cidades superavitárias dando suporte para as menores. “Há uma razão social para isso, pois se a água ficar cara demais nas pequenas cidades, as pessoas sairão de lá para as grandes, aumentando as favelas e a miséria”, disse o sindicalista, lembrando que a luta da entidade já conta com aliados de peso, como o prefeito de João Pessoa, Ricardo Coutinho, que já declarou publicamente que não pretende municipalizar o saneamento.
Fonte: Secom
